Hortas Bio nas Eco-Escolas
Edição 2024/25
Escola de Hotelaria e Turismo do Porto (Porto)
A Nossa Horta Bio
Horta pequena (até 50m²)
saber mais sobre a nossa horta bio
questionário
1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?
2. Área aproximada da horta (m²):
3. Quem trata da horta?
3.1. N.º de professores envolvidos:
3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta:
3.3. N.º de alunos envolvidos:
3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos:
4. As famílias são envolvidas?
4.1. Como e com que frequência?
5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos:
Os biorresíduos provenientes da cozinha são reaproveitados para alimentar o vermicompostor, que está integrado nas hortas Bio. Esta prática fecha o ciclo dos alimentos e reforça os princípios da economia circular.
Destaca-se ainda o projeto "Liga-te à Terra", dinamizado em parceria com uma engenheira Agrónoma, que promove atividades mensais na horta, envolvendo alunos, formadores e outros membros da comunidade educativa. Estas sessões práticas são momentos privilegiados de aprendizagem e sensibilização ambiental, permitindo também abordar conteúdos teóricos dos módulos de sustentabilidade. Assim, integra-se de forma coerente o trabalho na horta com os objetivos curriculares, promovendo uma aprendizagem ativa, interdisciplinar e alinhada com os valores da educação para a sustentabilidade.
6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?
As tarefas são distribuídas com base num calendário de manutenção, e a comunicação entre os membros da equipa é assegurada através de um grupo digital e reuniões regulares. A utilização e preservação do espaço seguem boas práticas ambientais, estando proibido o uso de produtos químicos e incentivando-se o reaproveitamento de biorresíduos no vermicompostor.
7. Como é feita a preparação do solo?
Kit Horta Grande (Growbed Large)
O que inclui o kit:
1 Growbed – Tamanho Grande
Dimensões: 125 x 125 x 35 cm
Peso (embalado): 13 kg
Substrato natural:
100% fibra de coco desidratada (leve, sustentável e fácil de aplicar)
Argila expandida:
3 litros, usada para a irrigação por capilaridade
Fertilizante orgânico:
600g, suficiente para 4 meses
Sementes biológicas sazonais
Seleção de sementes para iniciar o cultivo
Sistema de Subirrigação Integrado
Reservatório de água com capacidade para até 90 litros
Autonomia de rega de até 3 semanas
Economia de água de até 80%
Sistema de drenagem lateral para evitar excesso de água
Câmara de ar que oxigena as raízes
Vantagens da Horta Grande
Ideal para terraços, pátios, telhados ou jardins
Alta produtividade: até 2x mais do que hortas convencionais
Fácil montagem e manutenção
Portátil: pode ser desmontada e transportada
Perfeita para iniciantes e experientes
CANTEIRO FIXO
Aqui estão os principais passos da preparação do solo de outra parte da Horta Bio_canteiro fixo:
1. Limpeza do Solo
Remoção de resíduos: Antes de iniciar o cultivo, o solo é limpo de detritos, pedras, ervas daninhas e outros materiais que possam dificultar o crescimento das plantas.
Organização dos canteiros: Organizar os espaços de cultivo, criando canteiros bem definidos.
2. Mobilização do Solo
Aeração: O solo é revolvido manualmente para melhorar a aeração e facilitar o desenvolvimento das raízes.
3. Fertilização
Adubação orgânica: Promoção do uso de fertilizantes naturais, como composto orgânico, para enriquecer o solo com nutrientes essenciais.
Cobertura morta (mulching): É comum o uso de cobertura vegetal para manter a umidade do solo, controlar ervas daninhas e melhorar a fertilidade ao longo do tempo.
8. É feita compostagem?
8.1. Se sim, como e com que materiais?
Os alunos participam ativamente neste processo, depositando resíduos orgânicos provenientes da cozinha e das aulas práticas de cozinha/pastelaria e cafetaria. Esta abordagem não só reduz significativamente a quantidade de resíduos enviados para aterro, como também contribui para a produção de um composto natural rico em nutrientes, que é posteriormente utilizado para fertilizar os canteiros das hortas.
Esta iniciativa integra-se numa estratégia educativa mais ampla, que visa sensibilizar a comunidade escolar para a economia circular, a redução do desperdício e a autossuficiência alimentar, promovendo uma ligação direta entre o consumo responsável e a regeneração dos recursos naturais.
9. Quais as culturas / consociações instaladas?
9.1. Quantidade (kg) aproximada de produtos produzidos:
9.2. Qual o destino dado aos produtos da horta?
Em períodos em que não se realizem aulas práticas, a produção da horta é distribuída pela comunidade escolar e/ou canalizada para entidades que apoiam projetos de solidariedade social. Esta iniciativa promove não só a frescura e qualidade dos alimentos, como também uma aprendizagem mais consciente, integrada e alinhada com os valores da responsabilidade ambiental, da redução do desperdício e do consumo sustentável.
11. É feita recolha da água da chuva?
11.1. Como é feita a gestão da rega?
Reservatório de água com capacidade para até 90 litros
Autonomia de rega de até 3 semanas
Economia de água de até 80%
Sistema de drenagem lateral para evitar excesso de água
Câmara de ar que oxigena as raízes
Aproveitamento das águas da chuva
12. Monitorização de pragas e doenças:
12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?
12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?
12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?
13. Existem animais de criação ligados à horta?
13.1. Se sim, que espécies?
14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta:
Outra, qual?
14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:
Atividade 1:
Descrição:
A confeção das iguarias decorreu em três momentos distintos, após cada colheita, no âmbito das aulas práticas de cozinha. Nessas sessões, estiveram envolvidos os alunos da turma que, nesse dia, estava responsável pela confeção de refeições na cozinha de produção (destinadas ao serviço self-service da escola), bem como na preparação e decoração de sobremesas servidas no restaurante pedagógico.
No total, participaram cerca de 30 alunos nestas atividades práticas ao longo dos quatro meses.
Os alunos participaram em várias fases do processo: colheita dos produtos, preparação dos ingredientes, confeção dos pratos principais e elaboração criativa das sobremesas. A atividade promoveu o trabalho em equipa, a aplicação prática de conhecimentos e a valorização dos produtos biológicos locais.
A utilização dos produtos da horta na confeção de refeições e sobremesas reforçou o compromisso com a sustentabilidade e fomentou o consumo consciente. As refeições produzidas foram servidas à comunidade escolar, permitindo a valorização do trabalho dos alunos e o reconhecimento do valor da horta como recurso educativo.
A ligação direta entre a produção na horta e a confeção na cozinha pedagógica reforçou a consciência ecológica e alimentar dos alunos. Destacou-se ainda o empenho e a criatividade na utilização dos ingredientes, evidenciando o potencial da horta como motor de inovação e aprendizagem transversal.
Fotografias:
Atividade 2:
Descrição:
Cada sessão teve um tema específico, adaptado às necessidades e ao ciclo sazonal da horta:
- Montagem da Horta e Introdução à Agricultura Biológica
- Vamos Falar de Compostagem! Limpeza do Canteiro e Mudança de Terra
- Porquê a Produção Local de Alimentos? Variedades Autóctones
- Flores Comestíveis e Boas-vindas ao Verão
As sessões realizaram-se mensalmente, num total de 4 sessões. Participaram em média de 5 a 6 alunos por sessão. Estiveram sempre presentes 3 elementos da equipa coordenadora da horta, assegurando a continuidade e aplicação prática dos conhecimentos partilhados.
Os alunos foram envolvidos de forma ativa em todas as sessões, com tarefas práticas como preparação de canteiros, compostagem, plantação, observação de espécies autóctones e introdução de flores comestíveis. Houve também momentos de reflexão e debate sobre temas como a produção local de alimentos e os princípios da agricultura biológica.
Estas sessões contribuíram para uma aprendizagem significativa e experiencial, permitindo aos alunos interiorizar práticas sustentáveis com aplicação direta na horta e nos seus hábitos quotidianos. O contacto regular com uma especialista externa trouxe novas perspetivas e motivou os alunos a adotarem comportamentos mais ecológicos dentro e fora da escola. A partilha de conhecimentos com os restantes membros da comunidade educativa ajudou a reforçar a importância da horta como recurso coletivo.
O conteúdo diversificado e prático das sessões revelou-se essencial para o bom desenvolvimento da horta e para o crescimento do projeto educativo. A presença da grower garantiu um acompanhamento técnico de qualidade e ajudou a consolidar saberes sobre sustentabilidade, alimentação saudável e biodiversidade. A abordagem interdisciplinar e colaborativa tornou esta atividade uma das mais relevantes do ano letivo.
Fotografias:
Atividade 3:
Descrição:
A horta biológica da escola, desde a sua instalação, está equipada com três compostores, concebidos para promover a valorização de resíduos orgânicos. No âmbito desta ação, todos os compostores foram preparados com a introdução de minhocas californianas, permitindo a implementação de um sistema de vermicompostagem eficiente, acelerando a decomposição e melhorando a qualidade do composto produzido.
A atividade incluiu uma sessão de sensibilização com o objetivo de reforçar os conhecimentos sobre o funcionamento da vermicompostagem, os resíduos apropriados ao processo e a importância da correta separação dos biorresíduos. A partir desta formação, passou a ser feita a recolha seletiva dos resíduos orgânicos produzidos nas aulas práticas de cozinha — como cascas de legumes, frutas e outros restos vegetais crus — que são agora encaminhados para os compostores. Para facilitar esta separação, foram colocados caixotes identificados em locais estratégicos da escola.
Importa destacar que são os alunos os principais responsáveis por alimentar, de forma periódica, os compostores, assumindo um papel ativo e consciente no processo. Esta prática recorrente contribui para o desenvolvimento de competências cruciais, nomeadamente:
- Aumento da consciência ambiental e da compreensão sobre o impacto ecológico das suas ações;
- Responsabilidade individual e coletiva, ao participarem diretamente na gestão sustentável dos resíduos;
- Adoção de boas práticas profissionais, alinhadas com os princípios da economia circular e da restauração sustentável;
- Integração de hábitos ecológicos no quotidiano escolar e futuro contexto laboral;
- Promoção de uma cultura de cidadania ativa e ecológica, valorizando a ética profissional ligada à sustentabilidade.
Esta iniciativa contribui não só para a redução do desperdício orgânico e a produção de composto natural, com aplicação direta na horta biológica da escola, mas também para a formação de profissionais mais conscientes, comprometidos com os desafios ambientais e preparados para integrar práticas sustentáveis no setor da hotelaria e da restauração.
Fotografias:
15. Outros aspetos de realce da horta:
- Utilização da horta como espaço de aprendizagem ativa, onde os alunos aplicam conhecimentos científicos, técnicos e ambientais de forma prática.
- Utilização dos produtos da horta para a confeção de receitas sazonais e sustentáveis, reforçando a ligação entre produção local e alimentação saudável.
- Promoção do conceito de "da terra ao prato", valorizando ingredientes frescos, de proximidade e sem químicos.
- Envolvimento dos alunos na gestão do desperdício alimentar, fechando o ciclo através da compostagem.
- Aproveitamento de compostos produzidos nos vermicompostores na fertilização da própria horta, evidenciando o ciclo completo dos recursos.
- Captação e reaproveitamento de águas da chuva, para irrigação.
- Distribuição de excedentes da produção à comunidade escolar ou a instituições de apoio social, reforçando o pilar da solidariedade.
- Possível parceria com autarquias, hortos locais, agricultores biológicos ou universidades para intercâmbio de saberes ou apoio técnico.
- Plantação de ervas aromáticas, flores comestíveis ou plantas autóctones, promovendo a biodiversidade e atraindo polinizadores.
- Criação de um hotel de insetos, como forma de sensibilização e enriquecimento do espaço.
- Valorização da horta como espaço de bem-estar, calma e ligação à natureza, essencial numa escola com ritmos exigentes como a EHTP.
- Promoção de valores como responsabilidade, trabalho em equipa, autonomia e espírito crítico, com impacto direto na formação de profissionais conscientes.
- Envolvimento dos alunos em decisões sobre o planeamento e manutenção da horta, reforçando a participação ativa e o sentido de pertença.
- Possibilidade de os alunos serem “embaixadores da horta”, dinamizando visitas, explicações ou campanhas internas de sensibilização.
15.1. Link para a página da horta: