Hortas Bio nas Eco-Escolas

Edição 2024/25

Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca (Proença-a-Nova)

A Nossa Horta Bio

Horta pequena (até 50m²)

horta em janeiro

horta em março

horta em maio

saber mais sobre a nossa horta bio

desenho/croqui da horta

questionário

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

8 anos

2. Área aproximada da horta (m²):

35 m2

3. Quem trata da horta?

3.1. N.º de professores envolvidos:

2

3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta:

Biologia

3.3. N.º de alunos envolvidos:

14

3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos:

4

4. As famílias são envolvidas?

4.1. Como e com que frequência?

A frequência do envolvimento das famílias na construção de uma horta biológica escolar foi um fator chave para o sucesso e sustentabilidade do projeto. Não existe uma resposta única, pois depende muito da disponibilidade das famílias, dos recursos da escola e da fase do projeto. No entanto, verificamos mesmo que com muitas condicionantes, verificou se um envolvimento consistente e bem planeado, que se adapte às diferentes etapas da horta.
O envolvimento das famílias foi dividido em diversas fases, cada uma com uma frequência e tipo de participação adequados:
Ao nível da frequência, consideramos que geralmente foi mais de cariz pontual, mas com maior intensidade nos momentos - chave. Foram realizadas entre uma a duas reuniões iniciais para discutir o projeto, definir objetivos e recolher ideias; relativamente às atividades: angariação de materiais (madeira, ferramentas, sementes), preparação do solo (limpeza, remoção de ervas daninhas, adição de composto). Em suma, a frequência ideal do envolvimento familiar na construção da horta biológica é aquela que consegue um equilíbrio entre a necessidade do projeto e a disponibilidade das famílias, sendo flexível e adaptável. Um bom planeamento e uma comunicação eficaz são a chave para manter o entusiasmo e a participação ao longo do tempo.

5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos:

Consideramos que os projetos das hortas biológicas, especialmente quando implementadas em escolas ou comunidades como a nossa, geram um impacto multifacetado e positivo, beneficiando tanto os alunos quanto a comunidade em geral. Ao nível das comunidades, acreditamos que poderá ser um verdadeiro impulsionador de mudança, promovendo princípios como: Segurança Alimentar e Acesso a Alimentos Frescos: Permite o cultivo de alimentos orgânicos, frescos e livres de agrotóxicos, garantindo uma alimentação mais saudável para as famílias; Fortalecimento dos Laços Sociais: Atividades de plantio, cuidado e colheita em conjunto promovem a interação, o diálogo e a cooperação entre os elementos da turma, professores e funcionários. É um espaço de convivência que fortalece o senso de comunidade; Requalificação de Espaços Urbanos: Transforma terrenos baldios ou abandonados em áreas verdes produtivas, melhorando a paisagem urbana e contribuindo para a redução do efeito "ilha de calor" nas cidades; Educação Ambiental e Sustentabilidade: Incentiva práticas sustentáveis, como a compostagem de resíduos orgânicos, o uso consciente da água e a valorização da agricultura local e orgânica. Conscientiza sobre a importância da biodiversidade e da proteção do meio ambiente; Saúde e Bem-estar: O contato com a natureza e a atividade física envolvida na jardinagem contribuem para a redução do stress, a melhoria da saúde mental e o incentivo a hábitos de vida mais ativos.
Relativamente aos alunos, consideramos que os benefícios são inúmeros e vão além do aprendizado de conceitos de botânica: Aprendizagem Prática e Interdisciplinar: A horta se torna um laboratório vivo, onde os alunos podem aplicar conceitos de diversas disciplinas, como ciências (ciclos de vida das plantas, ecossistemas, biodiversidade), matemática (medidas, cálculos de área), história (origem dos alimentos), e geografia (clima, tipos de solo); Promoção de Hábitos Alimentares Saudáveis: Ao cultivar seus próprios alimentos, as crianças desenvolvem uma relação mais próxima e positiva com frutas, legumes e verduras, diminuindo a resistência em experimentá-los e incentivando uma alimentação mais nutritiva. Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais: Trabalho de Equipa e Cooperação: O cuidado com a horta exige que os alunos trabalhem juntos, dividam tarefas e ajudem uns aos outros. Responsabilidade e Autonomia: Eles aprendem a ser responsáveis pelo cuidado das plantas, compreendendo as consequências de suas ações (ou falta delas); Paciência e Persistência: Acompanhar o crescimento de uma planta ensina a importância da paciência e da persistência para alcançar resultados; Empatia e Respeito: Desenvolvem respeito pela natureza, pelos seres vivos e pelo trabalho dos outros; Conexão com a Natureza: Em um mundo cada vez mais digital, a horta proporciona um contato direto e significativo com o ambiente natural, estimulando a curiosidade e o senso de observação; Educação Ambiental e Sustentabilidade: Os alunos aprendem sobre a origem dos alimentos, a importância da agricultura biológica, a compostagem, o uso racional da água e a conservação do solo, tornando-se cidadãos mais conscientes e engajados com as questões ambientais; Estímulo à Criatividade e Pensamento Crítico: A horta desafia os alunos a resolver problemas, experimentar e inovar, desenvolvendo o pensamento lógico e crítico.
Em resumo, a horta biológica é uma ferramenta poderosa para a educação e o desenvolvimento comunitário, promovendo não apenas a produção de alimentos saudáveis, mas também a construção de valores, o fortalecimento de laços sociais e a conscientização ambiental.

6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

Consideramos que a organização da manutenção de uma horta, seja ela comunitária ou escolar, e a consequente repartição de tarefas são cruciais para o seu sucesso e sustentabilidade. Sem uma estrutura clara, o projeto pode perder força e até mesmo ser abandonado, havendo uma quebra do projecto e um desinteresse por parte dos participantes.
Tivemos em conta que a manutenção de uma horta biológica exigiu um planeamento contínuo e que a compreensão teria de ser processo dinâmico. Estes foram os princípios para uma boa organização: Numa primeira fase consideramos o Levantamento das Necessidades e Etapas: Preparo do solo: Adubação, correção de pH, revolvimento; Sementeira/Plantação: Escolha das culturas adequadas à época e ao clima; Rega: Frequência e volume de água, considerando as plantas e o clima; Monda (controle de ervas daninhas): Essencial para evitar a competição por nutrientes; Sachas: Revolver o solo para arejar e melhorar a infiltração da água; Adubação de cobertura: Reposição de nutrientes durante o ciclo das plantas; Controle de pragas e doenças: Preferencialmente com métodos biológicos (receitas caseiras, plantas repelentes, etc.); Colheita: No tempo certo para garantir a qualidade dos produtos; Limpeza e organização: Manter o espaço sempre limpo e as ferramentas guardadas; Compostagem: Criação de adubo orgânico a partir de resíduos; Rotação de culturas: Previne o esgotamento do solo e o acúmulo de pragas específicas. Numa segunda faz, definimos as Responsabilidades e Regras: Horta Escolar: Geralmente, um professor ou coordenador assume a liderança, com o apoio de outros funcionários, pais e, principalmente, dos alunos. A ideia era integrar a horta ao currículo pedagógico. Posteriormente estabelecemos um Calendário de Atividades: procedemos a criação de um cronograma com as tarefas sazonais (preparo do solo, sementeira de certas culturas) e as tarefas rotineiras (rega, monda, colheita). Isso ajudou a visualizar o trabalho e a distribuir as tarefas de forma equilibrada – tivemos sempre o cuidado de articular com o ano letivo e os restantes projetos pedagógicos em curso; garantimos a fase de operacionalização, verificando se havia ferramentas adequadas (enxadas, pás, ancinhos, regadores) e um local seguro para guardá-las;Tivemos a disposição materiais como sementes, mudas, adubo orgânico e composteiras.
A próxima fase incidiu na divisão de tarefas que é fundamental para a organização e a equidade no trabalho: Divisão por Turmas/Grupos: dentro da turma ou grupo de alunos pode ser responsável por um canteiro ou por um conjunto de tarefas durante um período; Divisão de Tarefas: Estabelecemos uma divisão para que todos os alunos experimentem diferentes atividades (semear, regar, colher, mondar, etc.). Isso amplia a aprendizagem e evita que alguns se sintam sobrecarregados. Em equipa educativa, procedemos a integração do projeto na componente curricular, com a colaboração das seguintes disciplinas: Ciências: Observar o ciclo de vida das plantas, identificar pragas e seus inimigos naturais; Matemática: Medir áreas, calcular espaçamentos, pesar colheitas; Português: Criar diários da horta, escrever sobre o processo de plantio; Participação de Professores e Funcionários: É essencial que os adultos da escola também estejam envolvidos, orientando, ensinando e participando ativamente das tarefas; Envolvimento da Família: Convide os pais e encarregados de educação para participar de mutirões pontuais, workshops ou atividades especiais, reforçando a conexão entre a escola e a comunidade.
Independentemente do tipo de horta, a comunicação clara, a flexibilidade e o reconhecimento do esforço de todos são a chave para uma manutenção bem-sucedida e uma repartição de tarefas justa e motivadora.

7. Como é feita a preparação do solo?

A preparação do solo numa horta biológica é um processo fundamental para garantir a saúde das plantas, a produtividade e a sustentabilidade a longo prazo. O objetivo principal foi criar um solo vivo, rico em matéria orgânica e com boa estrutura, promovendo um ambiente propício para o crescimento das culturas sem o uso de produtos químicos sintéticos. Aqui estão os passos e as práticas essenciais que tivemos em conta para preparar o solo de uma horta biológica:1.Escolhemos o Local – tivemos em atenção um espaço que por norma receba pelo menos 4 a 6 horas de sol direto por dia. É crucial que o solo tenha uma boa drenagem para evitar o encharcamento e o apodrecimento das raízes.2. Análise e Observação do Solo - fizemos uma análise de solo para entender suas características, como pH e níveis de nutrientes. Antes do processo, conseguimos observar do solo: Cor e textura: Solos escuros e ricos em matéria orgânica tendem a ser mais férteis; Presença de vida: Um solo saudável tem minhocas e outros microrganismos que ajudam na aeração e na decomposição da matéria orgânica. 3. Limpeza e Mobilização Superficial do Solo - Remoção de ervas daninhas: Começamos por eliminar todas as plantas indesejadas (ervas daninhas). Fomos fazendo manualmente ou fomos usando técnicas como a solarização (cobrir o solo com plástico transparente para aquecer e matar sementes e patógenos); Mobilização suave: Em vez de lavrar profundamente, a agricultura biológica prefere a mobilização superficial do solo. Usamos uma enxada e um ancinho para soltar a camada superior (cerca de 10-15 cm), o que ajuda a arejar o solo sem destruir a sua estrutura e os microrganismos benéficos. Removamos pedras e detritos.4. Incorporação de Matéria Orgânica Este é o pilar da preparação do solo em hortas biológicas. A matéria orgânica melhora a estrutura do solo, a capacidade de retenção de água e nutrientes, e alimenta os microrganismos. Algumas opções que usamos (compostagem): Produzido pela decomposição de restos de alimentos, folhas, aparas de relva, etc. É um adubo completo e rico em nutrientes; Húmus de minhoca: É o produto final da digestão de matéria orgânica pelas minhocas, extremamente rico e benéfico para o solo; Esterco de animais (gado, galinhas, cavalos) que foi bem decomposto para evitar a queima das plantas e a presença de patógenos. Aplicamos uma camada generosa de matéria orgânica sobre a superfície do solo e incorpore-a suavemente com um ancinho ou enxada.5. Cobertura do Solo (Mulching) A cobertura do solo com matéria orgânica (palha, folhas secas, aparas de relva, casca de pinheiro) é uma prática muito importante numa horta biológica. Os benefícios incluem:
Retenção de humidade: Reduz a evaporação da água, diminuindo a necessidade de rega; Controlo de ervas daninhas: Impede o crescimento de plantas indesejadas, limitando a luz; Moderação da temperatura do solo: Mantém o solo mais fresco no verão e mais quente no inverno; Aumento da matéria orgânica: À medida que se decompõe, adiciona nutrientes ao solo; Proteção do solo: Evita a erosão causada pela chuva e vento, e protege os microrganismos.

8. É feita compostagem?

8.1. Se sim, como e com que materiais?

A compostagem é um processo natural e essencial numa horta biológica. Ela transforma resíduos orgânicos em composto orgânico, um "ouro negro" rico em nutrientes que melhora a fertilidade do solo, a retenção de água e a saúde geral das plantas. É como criar um adubo natural e super potente, reciclando o que antes seria lixo. Conhecido como "ouro negro" da horta biológica, este composto orgânico de alta qualidade é produzido através da decomposição controlada de uma vasta gama de materiais, incluindo no nosso caso restos de alimentos (provenientes da cantina e do bar), folhas secas, aparas de relva e outros subprodutos vegetais. Consideramos ser um adubo completo e naturalmente equilibrado em nutrientes, fornecendo um espetro ideal de elementos essenciais para o desenvolvimento vegetal. A sua aplicação revitaliza o solo, não só ao enriquecê-lo com matéria orgânica vital, mas também ao melhorar significativamente a sua estrutura, aeração e capacidade de reter água e nutrientes. Além disso, é fundamental para fomentar a biodiversidade microbiana no solo, criando um ambiente propício para raízes fortes e plantas resistentes. É uma prática central da jardinagem biológica que transforma resíduos em recursos valiosos, fechando o ciclo de nutrientes e promovendo a sustentabilidade a longo prazo.

9. Quais as culturas / consociações instaladas?

Grupo 1 - trabalhou dez espécies distintas: a cenoura (Daucus carota), a fava (Vicia faba), a couve-de-bruxelas (Brassica oleracea var. gemmifera), Couve-lombarda (Brassica oleracea var. sabauda), Couve-ratinha (Brassica rapa subsp. sylvestris), Erva-cidreira (Melissa officinalis), Cebolinho (Allium
schoenoprasum), Hortelã (Mentha spp.), Salsa (Petroselinum crispum), Coentros (Coriandrum sativum); Grupo 2 - plantámos brócolos e couves-flor e semeámos rabanetes e ervilhas. Já nas partes adicionais da nossa área plantámos salsa, coentros, erva-cidreira, hortelã, hortelã-pimenta, hortelã-
pimenta-chocolate, fisális, erva-príncipe, calêndulas, alfazema, santolina, sálvia- ananás, quelidónia-maior e tomilho limão; grupo 3 - a couve tronchuda, o alho-francês, o almeirão, a cebola, o
nabo, a fava, a salsa e os coentros.

9.1. Quantidade (kg) aproximada de produtos produzidos:

Grupo 1- A colheita mais significativa registada foi a de favas (Vicia faba) a 23 de abril, a 7 de
maio e a 9 de maio, sendo que na primeira foram colhidos aproximadamente 10/12kg, na
segunda cerca de 3kg e na última menos de 1kg, perfazendo um total de, em média, 15 kg.
Foi também a 23 de abril que colhemos uma das 10 couves-lombardas (Brassica oleracea var.
Sabauda) plantadas. A 7 de maio foram colhidas as restantes couves-lombardas (Brassica oleracea
var. Sabauda) e as couves ratinhas (Brassica rapa subsp. Sylvestris); Grupo 2 - De uma forma sucinta, como produtos da nossa horta, tivemos 1 unidade de couve- flor, 7 unidades de brócolos, 63 unidades de rabanetes e 7.245Kg de ervilhas, sem terem conta o crescimento das nossas ervas aromáticas, que não foi contabilizado, mas que foi significativo. Grupo 3 - Favas: recolhidos 3,900kg no dia 09/05/2025; Couve tronchuda: não foram recolhidas quaisquer tipo de couves, devido ao seu
espigamento; Alface de almeirão: recolhidas 5 alfaces de grande porte; Cebolas: foram recolhidos cerca de 0,400kg de cebola; Nabos: foi apenas recolhido um nabo de pequeno porte, devido ao não crescimento desta espécie;Alho francês: não foram recolhidos devido a não ser o tempo deles; Hortelã: recolhida diariamente; Salsa: Embora em menor quantidade do que a hortelã, também esta foi recolhida frequentemente

9.2. Qual o destino dado aos produtos da horta?

Para dar um propósito ainda maior aos frutos do nosso trabalho na horta biológica, a maioria dos legumes colhidos foi entregue diretamente à cantina da escola. Esta iniciativa permitiu que os nossos produtos frescos e cultivados com carinho fossem integrados nas refeições diárias, enriquecendo a alimentação dos alunos da escola com ingredientes de qualidade e de origem conhecida.
Ao fazê-lo, não só garantimos a utilidade prática da nossa horta, mas também fortalecemos de forma tangível a ligação entre o projeto e toda a comunidade escolar. É gratificante ver os alunos a saborear os legumes que ajudaram a cuidar, criando uma consciência clara sobre a origem dos seus alimentos e promovendo hábitos alimentares mais saudáveis. Esta ponte entre a horta e a mesa é a prova viva do sucesso do nosso projeto e do seu impacto direto no dia a dia da escola.

11. É feita recolha da água da chuva?

11.1. Como é feita a gestão da rega?

Consideramos como base fundamental que um sistema de gestão de rega numa horta biológica visa otimizar o uso da água, essencial para o crescimento saudável das plantas, ao mesmo tempo que minimiza o desperdício e respeita os princípios da agricultura sustentável. Esta é a chave é fornecer a quantidade certa de água, no momento certo e da forma mais eficiente possível, sem químicos ou excessos que possam prejudicar o ecossistema do solo.
Trabalhamos ao longo do ano com um sistema eficaz que integrou os seguintes elementos, utilizando princípios de fonte de água sustentável:
Água da Chuva: Recolha de água da chuva através de um depósito que temos junto da horta, consideramos que é a opção mais ecológica. A água da chuva é naturalmente macia e não contém cloro ou outros químicos presentes na água da rede, o que é benéfico para o solo e as plantas.
Reaproveitamento de Água: temos implementado um sistema de tratamento e reaproveitamento de "águas cinzentas" (de lavatórios, chuveiros) podem ser considerados, desde que devidamente filtradas para remover sabões e detergentes.
A implementação de um sistema de gestão de rega eficiente e biológico não só conserva um recurso vital como a água, mas também contribui para a saúde do solo, o vigor das plantas e a produtividade da horta, alinhando-se perfeitamente com os princípios da sustentabilidade ambiental.

12. Monitorização de pragas e doenças:

12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?

Sim, a monitorização de pragas e doenças é absolutamente fundamental numa horta biológica. Sem ela, é muito difícil intervir a tempo e de forma eficaz, o que pode comprometer toda a colheita. Numa abordagem biológica, o objetivo não é erradicar completamente as pragas, mas sim manter o seu controlo natural e evitar que as populações atinjam níveis maiores (ou seja, que causem perdas significativas na produção).Neste projeto, consideramos que a monitorização é um processo contínuo e preventivo na horta biológica. Não se trata de esperar que o problema se agrave para intervir, mas sim de detetar os primeiros sinais para que as medidas biológicas de controlo (como a remoção manual, aplicação de biopesticidas caseiros ou introdução de inimigos naturais) possam ser aplicadas de forma eficaz e com o mínimo impacto no ecossistema da horta. É um trabalho de vigilância e atenção constante que recompensa com plantas mais saudáveis e colheitas abundantes.

12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?

No que toca às ervas daninhas, a nossa solução foi arrancar as mesmas, para a sua eliminação, uma vez que a sua presença podia prejudicar a nossa cultura agrícola de diversas formas, nomeadamente pela concorrência por nutrientes (as ervas daninhas competem com as culturas por água e nutrientes, prejudicando o seu crescimento) e pela redução da qualidade dos produtos desejados (a presença da
corriola pode afetar as demais espécies). Já no que diz respeito aos caracóis, para o seu controlo, aplicámos um produto biológico (cuja composição era maioritariamente água com vinagre) nas espécies afetadas, que eram as que se localizavam mais à direita do canteiro. Ademais, sempre
que encontrávamos algum, removíamo-lo e colocávamo-lo em algum espaço afastado da horta, sem o destruir.

13. Existem animais de criação ligados à horta?

13.1. Se sim, que espécies?

14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta:

Feira na escola
Feira na comunidade
Confecção de sopas e outros pratos
Concursos
Aulas na horta
Outra

Outra, qual?

14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:

Atividade 1:

Descrição:

Recolha dos alimentos obtidos para encaminhamento para a Cantina Escolar

Fotografias:

Atividade 2:

Descrição:

Trabalho de campo realizado pelos alunos

Fotografias:

Atividade 3:

Descrição:

Trabalho de análise de campo

Fotografias:

15. Outros aspetos de realce da horta:

A realização de uma horta biológica revelou-se uma experiência muito enriquecedora e com várias vantagens evidentes, tanto do ponto de vista educativo como ambiental. Optar por práticas biológicas sem recurso a pesticidas químicos ou fertilizantes artificiais permitiu-nos compreender a importância de
métodos sustentáveis na agricultura. Esta experiência permitiu-nos acompanhar de perto o ciclo de vida das espécies e compreender melhor os fatores que influenciam o seu crescimento, nomeadamente o clima (temperatura,chuva...) e a presença de pragas. Assim, para além de apresentar resultados teóricos e até físicos e visíveis na horta, também contribuiu para a nossa motivação e permitiu- nos desenvolver inúmeras capacidades pessoais e em grupo. Aprendemos a trabalhar em equipa, a dividir tarefas de forma responsável e a tomar decisões conjuntas. Desenvolvemos também competências como a paciência, a observação, o sentido de responsabilidade e a capacidade de resolver problemas. Esta experiência reforçou não só os nossos conhecimentos de biologia, mas também valores importantes para a vida em comunidade.

15.1. Link para a página da horta: