Colégio Conciliar de Maria Imaculada
a nossa horta bio
saber mais sobre a nossa horta bio
Desenho/croqui da horta
1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?
Há 3 anos.
2. Área aproximada da horta (m²)
Cerca de 50 m2.
3. Quem trata da horta?
3.1. N.º de professores envolvidos
6 professores (1 do 2.º e 3.º ciclos, 3 do 1.º ciclo e 2 da educação pré-escolar).
3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta
Ciências Naturais e Estudo do Meio.
3.3. N.º de alunos envolvidos
Cerca de 120 alunos (30 dos 2.º e 3.º ciclos, 60 do 1.º ciclo e 30 da educação pré-escolar).
3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos
2
4. As famílias são envolvidas?
Sim
4.1. Como e com que frequência?
Têm sido envolvidas as famílias dos alunos do 2.º ciclo, uma vez que participaram na doação de sementes para o “Sementário” e na doação de cinza e estrume de cavalo para a fertilização do solo. A sua participação, embora não tenha sido muito regular, é digna de registo.
5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos
Os alunos foram envolvidos na horta através do Clube Jardim de Aromas. Os alunos do 2.º e 3.º ciclos, inscritos no clube, participaram semanalmente na manutenção da horta, e os alunos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo participaram sempre que a planificação das suas atividades o permitiu. Foi notório o sentido de responsabilidade dos alunos do Clube Jardim de Aromas na manutenção da horta e em todas as tarefas propostas – sementeiras, regas, compostagem, limpezas gerais – havendo um impacto muito positivo na dinâmica escolar. Os alunos estavam pontualmente junto da horta, prontos para realizar as tarefas, traziam exemplares de sementes e plantas para a horta, partilhavam relatos de experiências com os pais e os avós nas suas hortas. Ao longo do ano foi possível observar um crescente respeito pela horta biológica por parte de todos os alunos envolvidos diretamente no projeto e mesmo pelos não envolvidos, o que se verificou pela escolha de dois projetos para um concurso lançado pela Associação de Pais do colégio, por duas turmas do 6.º ano. Uma das turmas decidiu dedicar-se à construção de um banco de sementes e à investigação sobre bancos de sementes mundiais, tendo reunido trinta sementes diferentes, identificado os seus benefícios, data de sementeira e recolha. Outra turma decidiu dedicar-se ao estudo dos benefícios da agricultura biológica e para tal construiu “de raiz” uma mini horta biológica que serviu de maquete viva para promoção da agricultura biológica, tendo realizado uma mini formação sobre o tema aos alunos do 2.º ano do colégio.
A comunidade reagiu positivamente à evolução da horta, dando vários elogios ao trabalho realizado pelos alunos. Foi tomando conhecimento desse trabalho diretamente (alguns produtos hortícolas produzidos na horta foram oferecidos aos professores e funcionários), e através de notícias publicadas na página do colégio ou divulgadas por e-mail a toda a comunidade. Também semanalmente um professor ou funcionário não docente foi presenteado com um mimo da horta, geralmente constituído por um raminho de salsa, coentros ou hortelã.
6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?
A horta foi dividida em três parcelas, uma atribuída aos alunos do Clube Jardim de Aromas, do 2.º e 3.º ciclos, outra atribuída aos alunos do 1.º ciclo, 2.º ano, e outra atribuída aos alunos da educação pré-escolar (turmas dos 5 anos). Cada parcela ficou ao cuidado do grupo a que foi atribuído, tendo como principais responsáveis os professores respetivos.
Durante todo o ano a manutenção geral da horta esteve a cargo da professora coordenadora do Jardim de Aromas e dos alunos participantes no clube, havendo um trabalho semanal. As principais tarefas feitas foram cavar, retirar ervas, semear, plantar, monitorizar o aparecimento de ervas daninhas, de animais parasitas e de pragas, regar e recolher. Para estes alunos houve uma planificação semanal, feita pela professora coordenadora, mas apenas durante o primeiro período e a primeira parte do 2.º período. No resto do ano letivo a responsabilidade de distribuição das tarefas passou a ser dos alunos mais velhos do clube, de modo a desenvolverem a autonomia, a responsabilidade e organização. Sempre com a supervisão da coordenadora, esta estratégia teve resultados muito positivos e foi possível identificar líderes na horta biológica.
Os alunos no 1.º ciclo e da educação pré-escolar fizeram também sementeiras, e por serem menos autónomos, tiveram uma maior colaboração das suas professoras e educadoras nessas tarefas.
7. Como é feita a preparação do solo?
Semanalmente os alunos do Jardim de Aromas começaram por percorrer todo o espaço e recolher todos os plásticos e outros resíduos não orgânicos que encontravam. Devido à ação do vento encontravam-se sempre plásticos, que são recolhidos e colocados no ecoponto amarelo. Após esta limpeza, um grupo de alunos ficava responsável por localizar e arrancar ervas daninhas que poderiam competir com as plantas da horta. Essas ervas daninhas e outros resíduos orgânicos, como cascas de bananas ou restos de frutas, foram encaminhados para o compostor.
A mobilização do solo (cavar e arar) foi feita com alfaias simples – enxadas, sachos e ancinhos – passando esta tarefa por todos os alunos dos 2.º e 3.º ciclos do clube, pela professora coordenadora, e tendo a colaboração de um funcionário do colégio na altura de cavar. As sementeiras e plantações foram feitas pelos alunos com a colaboração das professoras, essencialmente na abertura de regos na terra.
A fertilização do solo foi feita com materiais resultantes de compostagem a céu aberto, que existem junto da horta, cinza e com estrume de cavalo, cedidos por pais de alunos do 2.º ciclo que frequentam o clube. Como apenas neste ano letivo foi adquirido o compostor e se deu início à formação de hábitos de compostagem, ainda não foi possível usar o adubo natural produzido.
8. É feita compostagem?
Sim
8.1. Se sim, como e com que materiais?
Ao longo do ano foi sempre feita compostagem a céu aberto, junto ao espaço da horta. Neste espaço são colocados restos de plantas que são cortadas dos jardins do colégio e que se vão transformando em adubo natural. A compostagem com uso de um compostor, em plástico, teve início no decorrer deste ano letivo, sendo feita com camadas de diferentes materiais (folhas secas que são retirados da horta, do espaço envolvente e da compostagem ao ar livre, intercalados com restos de alimentos, intercalados com fezes das galinhas e dos porcos da índia que temos no colégio junto à horta biológica). As aparas de alimentos têm sido fornecidos pelos alunos e pela professora coordenadora, que as trazem das suas casas resultantes das suas atividades domésticas. Por duas vezes foram encaminhados para a compostagem alguns restos de alimentos provenientes da cozinha do refeitório do colégio. Estes hábitos de compostagem tem ocorrido semanalmente, sendo garantidas, no compostor, as condições adequadas de humidade, temperatura e presença de oxigénio. Considera-se que no próximo ano letivo será possível usar os produtos desta compostagem na horta.
9. Quais as culturas / consociações instaladas?
Neste ano letivo fez-se cultura de cebola, batata, alface, couve-galega, espinafres, curgetes, favas e feijão-verde, havendo um espaço para a salsa, para os coentros e para a hortelã. Cultivaram-se ainda morangueiros, tomateiros e milho de pipoca.
11. É feita recolha da água da chuva?
Sim
11.1. Como é feita a gestão da rega?
A água recolhida este ano letivo serviu para poucas regas. Como foi um ano em que se registou pouca chuva, a água armazenada foi usada para lavagem dos espaços e de alguns materiais usados na horta, não sendo suficiente para uma rega significativa da horta.
12. Monitorização de pragas e doenças
12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?
Sim. É feita monitorização semanal. Um grupo de alunos e a professora coordenadora é responsável por verificar a existência de caracóis, de lagartas e de pulgões, e de tentar retirá-los.
12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?
Sim
12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?
Os caracóis e lagartas surgiram numa determinada altura do ano, mas não em número demasiado elevado, tendo depois diminuído muito a sua ocorrência. Verificou-se a destruição de algumas couves e alfaces por estes animais. Os pulgões atacaram as couves e as faveiras.
Os caracóis e algumas lagartas foram recolhidos à mão, e dados como alimentos, às galinhas. Os pulgões foram escovados da página inferior das folhas, mas não desapareceram totalmente. Foi usado leite, diluído em água, para borrifar as folhas e verificou-se uma diminuição da ocorrência daquela praga.
13. Existem animais de criação ligados à horta?
Sim
13.1. Se sim, que espécies?
Na primeira parte do ano letivo havia três porcos da Índia e depois passou a haver um grupo de seis galinhas.
14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta
- Aulas na horta
- Outra
Outra, qual?
Mini formação sobre agricultura biológica realizada por uma turma de 6.º ano (29 alunos) aos alunos do 2.º ano (60 alunos) e construção de mini horta para divulgação dos benefícios da agricultura biológica e criação de um “Sementário”.
14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:
Atividade 1
Descrição
Aulas na horta
Foram realizadas duas aulas de Ciências Naturais do 5.º ano, com 55 alunos, aquando do estudo da influência dos fatores do meio nas plantas e do estudo da biodiversidade vegetal. Ir à horta e contactar com plantas diretamente, usar todos os sentidos de observação, é sempre um momento de riqueza na aprendizagem, uma vez que se observa o que se estuda nos livros e se contacta com a informação real. Os alunos revelaram-se muito motivados, curiosos e observadores, verificando-se uma aumento do respeito pelas espécies vegetais. Foram observados diferentes tipos de raízes, recolhidas de ervas daninhas da horta arrancadas no momento, foram observados diferentes tipos de folhas, havendo uma atenção especial ao tipo de nervação, e foram observadas diferentes espécies de plantas que os alunos nem conheciam.
Para além destas aulas, foram ainda realizadas aulas de campo pelos alunos do 2.º ano, aquando da sementeira de curgetes, e plantação de morangueiros e alfaces, e foram feitas aulas de campo com os alunos da educação pré-escolar aquando da sementeira de milho e salsa, e da plantação de couves e espinafres.
Fotografias
Atividade 2
Descrição
Mini formação sobre agricultura biológica e construção de mini horta
Esta formação foi organizada e preparada por uma turma do 6.º ano (29 alunos), numa experiência de liderança, com o objetivo de alertar para os benefícios da agricultura biológica. Esta formação foi complementada com a criação de uma mini horta praticando apenas comportamentos de acordo com a agricultura biológica. Nesta mini horta foram feitas várias plantações com sucesso de desenvolvimento e que deram frutos, nomeadamente tomates e morangos. Foi com grande responsabilidade e proatividade que os alunos daquela turma do 6.º ano se envolveram nesta experiência, defendendo este modo de agricultura, que produz alimentos de boa qualidade, saudáveis, e que promove a sustentabilidade do Planeta, sem uso de pesticidas ou outros produtos químicos. Os alunos do 2.º ano, destinatários da formação, foram elucidados sobre os métodos básicos da agricultura biológica e ficaram fortemente motivados para a prática da compostagem. O trabalho destes alunos do 6.º ano resultou numa mini horta produtiva, e foi proposto para um concurso da Associação de Pais do colégio denominado “CCMI Excelência”.
Fotografias
Atividade 3
Descrição
Sementário
O desafio da criação do Sementário, lançado pela ABAE, acabou por se tornar também um projeto de uma turma do 6.º ano de escolaridade (com 30 alunos), tendo conseguido que os alunos se envolvessem na investigação dos benefícios das sementes recolhidas e na investigação sobre os principais Bancos de Sementes Mundiais, destacando-se o de Savalbard, na Noruega. O projeto tornou-se muito motivador para todos os alunos e houve um reconhecimento da importância das sementes na sustentabilidade do Planeta. Este grupo de alunos criou o projeto “O nosso sementário” que integrou também o concurso promovido pela Associação de Pais do colégio denominado “CCMI Excelência”.