Escola EB 1/PE da Fonte da Rocha

a nossa horta bio

saber mais sobre a nossa horta bio

Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

11 anos, mas apenas à 4 anos com esta dinâmica de continuidade e envolvimento da escola

2. Área aproximada da horta (m²)

aprox. 355,12 m2

3. Quem trata da horta?

3.1. N.º de professores envolvidos

5

3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta

Horta Bio

3.3. N.º de alunos envolvidos

140

3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos

4

4. As famílias são envolvidas?

Sim

4.1. Como e com que frequência?

Sempre que oportuno e solicitado

5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

Quanto ao impacto na comunidade os pais sentem o empenho dos filhos, que lhes falam sobre a horta e levam alguns produtos para casa principalmente plantas aromáticas para chás, ervas condimentares e hortículas dos mercadinhos. Aos poucos os pais e a comunidade vão contactando e aprendendo um conceito diferente de agricultura, a nossa horta já foi visitada por diversas pessoas da comunidade escolar. Não raras vezes pedem-me para visitar a horta e para fornecer determinadas plantas, o que faço com muito gosto, aproveitando sempre para focar aspetos do modo de cultivo biológico.
Um dos objetivos deste ano é conseguir abrir a horta a outras escolas a fim de fazerem visitas de estudo guiadas, o que não é muito fácil, pois é necessário tempo extra para preparar e fazer as visitas.
O impacto da horta é muito positivo nos alunos, pois todos gostam das atividades lá desenvolvidas.
Considero importante que as crianças aprendam a manter um vínculo e uma boa relação com as plantas a fim de desencadear reações positivas de alegria e de experiências benéficas ao seu crescimento em equilíbrio e harmonia com a natureza. Tenho tentado lançar todas estas sementinhas à terra, penso que o grande impacto será colhido no futuro.

6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A manutenção da horta é feita por mim principalmente, pelos alunos e por outros elementos da comunidade sob a minha orientação.
No princípio do ano colhemos sementes(porque permitimos algumas plantas completarem o seu ciclo, como na natureza), podamos as plantas que tiveram um crescimento mais desordenado e delimitamos os espaços(canteiros com troncos pedras e alguns materiais reutilizados), depois solicitamos os serviços de um jardineiro da câmara para cavar mais profundamente o solo. Em seguida, espalhamos estilha e composto e plantámos hortículas e ervas fornecidas pelo Centro de Horticultura das Preces, que nos orienta na escolha das plantas e na época adequada ao seu cultivo.
Também fazemos as nossas sementeiras (em covetes com sementes de origem biológica e outras da nossa horta), para posterior transplante, fazemos falsas sementeiras antes de semear diretamente na terra a fim de evitar e eliminar ervas daninha.
Em épocas mais quentes, recorremos ao empalhamento para evitar a evaporação da água, minerais e também para evitar o crescimento de ervas daninhas.
Estas tarefas são efetuadas por mim e por um grupo de 4 a 5 alunos à vez, por vezes os alunos das prés também intervêm na horta, alguns pais, colegas e funcionários, também temos o apoio de engenheiros agrónomos e da câmara municipal de Câmara de Lobos.

7. Como é feita a preparação do solo?

A preparação do solo já foi referida na questão anterior.
Quanto à fertilização é feita através nos resíduos orgânicos que depois de decompostos são devolvidos à terra, estilha fornecida pela câmara municipal sideração com algumas leguminosas, chorume de urtiga, consolda e borragem , chás de composto com mais de 1 ano, que além de fertilizar o solo, numa aplicação foliar é uma fonte rápida de nutrição.
Temos ainda muitas minhocas debaixo da terra, que fertilizam e são verdadeiros jardineiros.

8. É feita compostagem?

Sim

8.1. Se sim, como e com que materiais?

É feita a compostagem com os resíduos vegetais da cozinha, onde acrescentamos sempre que possível serradura, palha, folhas secas, relva, borra de café, folhas verdes das mondas e podas, fazendo alternativa entre secos e verdes(frescos) ou seja, tentamos equilibrar os materiais com alto teor de carbono e azoto.

9. Quais as culturas / consociações instaladas?

Sempre que plantamos algo consultamos as listas de consociação favoráveis e desfavoráveis de cada planta, estas são plantadas intercaladas num regime de consociação e policultura.
Neste momentos temos as seguintes consociações:
Cenoura com cebola e alface; Tomate com alho-francês, rabanete e calêndula; Nabo com aipo, tomate e feijão verde rasteiro; Beterraba com couves e bróculos; Batata e batata doce com feijoeiro anual; Junto aos muros e vedações para servir de tutores temos algumas leguminosas; E ainda rábano, rúcula, salsa, tomilho, funcho, mentas, salva, plantas com flores comestíveis, inclusive árvores de fruto e morangueiros, muitas destas plantações foram extraviadas durante as férias de Natal, por animais, principalmente gatos e ainda está em vias de recuperação.

11. É feita recolha da água da chuva?

Sim

11.1. Como é feita a gestão da rega?

Regamos as plantas quando a terra está seca, tendo em conta que o consumo de água de uma planta tem a ver com a etapa de crescimento e as condições atmosféricas, para tal usamos a água da rede, também como a água da chuva que recolhemos em recipientes, e de uma levada que corre atrás da horta.

12. Monitorização de pragas e doenças

12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?

Não fazemos propriamente monitorização de pragas e doenças. Apostamos na prevenção.
Todos os dias visitamos a horta, para depositar os resíduos da cozinha na compostagem, se virmos alguns sinais de alerta, tentamos identificar e intervimos com procedimentos naturais e ecológicos.
Raramente surgem pragas porque geralmente as plantas estão saudáveis, conseguindo assim se autoproteger. Como já referimos optamos por uma policultura com consociação e com plantas com ação repelente de insetos nocivos, temos também insetos auxiliares como joaninhas e crisopídeos que efetuam uma luta biológica entre predador/parasita. Todos estes factores e esta sinergia só por si fazem uma gestão integrada e natural de controlo de pragas.

12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Sim

12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?

Usamos chorume e chás de composto, infusão de absinto, diluição de 100gr de sabão potássico em 10L de água para pulgões e outras pragas.
Usamos preparados feitos à base de alho, pimenta bastarda e losna contra lagartas, lesmas e vaquinhas.
Usamos enxofre e sulfato de cobre, com efeito fungicida e bactericida.
Usamos ainda procedimentos mais simples como retirar as folhas atacadas, numa fase inicial, deitar cinza em volta dos canteiros e pratinhas com cerveja para caracóis e lesmas, ou mesmo um jato ou pressão de água revela-se eficaz. Sempre experimentando e aprendendo com os resultados obtidos.
Este ano tivemos uma praga de ratos que destruiu grande parte da produção de batata doce, foi solicitado ao presidente da junta de freguesia que nos ajudasse no sentido de erradicar a praga com armadilhas de ratos.

13. Existem animais de criação ligados à horta?

Sim

13.1. Se sim, que espécies?

Duas galinhas num galinheiro itenerante, sem fundo, permitindo-lhes comer ervas daninhas, esgravatar e fertilizar a terra, temos também um lago com peixes, rãs, e plantas aquáticas, casas de insetos, ninhos com comedouros e bebedouros de pássaros e a planta da seda ou da borboleta, que atrai a monarca para deleito dos nossos alunos.

14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta

  • Feira na escola
  • Confecção de sopas e outros pratos
  • Aulas na horta
  • Outra

Outra, qual?

Sementeira, confeção de saquinhos de pout pourri, secagem de ervas para chás

14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:

Atividade 1

Descrição

Feira na escola É feita de acordo com as hortículas que colhemos e a sua quantidade. Geralmente levamos uma parte para a cozinha que é incluida nas ementas outras vezes os alunos confecionar pratos em momentos oportunos ou em festividades. Uma parte é vendida na escola aos colegas e funcionarios. Quando existem grandes quantidades os alunos fazem chegar a informação aos pais e os interessados compram informação aos pais e os interessados tratam de comprar. O processo de acondicionamento é feito por mim, alguns alunos e funcionários da cozinha porque é lá que existe balança.
A quantia ganha com o mercadinho reverte para a compra de plantas, sementes e utensílios para a horta e jardim.

Fotografias

Atividade 2

Descrição

Sementário - Temos por hábito e faço questão de deixar algumas plantas para retirar sementes a fim de que os alunos vivenciem esta maravilhosa experiência da natureza. Ou seja o completar do ciclo de vida da planta. Estas sementes depois de secas são acondicionadas e catalogadas a fim de serem posteriormente usadas

Fotografias

Atividade 3

Descrição

Secagem de ervas - Para condimentos e chás quando existe excedente colhemos e secamos dentro de sacos de papel, para serem posteriormente usadas na escola e também distribuímos gratuitamente pela comunidade e famílias que quiserem

Fotografias

15. Outros aspetos de realce da horta

Catalogação das plantas, criação de um sementário, ter em conta a alunação para cada ativdade da horta: por exemplo a colheita de ervas e fruta é feita na lua cheia, porque o fluxo da seiva sobe e os nutrientes concentram-se nos galhos/folhas/flores/frutos, a colheita de raízes ou tubérculos é feita no quarto minguante que os nutrientes e fluxo da seiva descem e concentram-se nas raízes.
Neste momentos estamos a tentar criar um jardim-horta em espiral para embelezar a nossa horta, tornando-a um local mais acolhedor.

15.1. Link para a página da horta

 

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Professor coordenador da horta: Maria José Pereira