Jardim de Polinizadores

Ano de escolaridade dos intervenientes:
Ensino Superior

Conjunto de fotografias do jardim de polinizadores:

Conjunto de fotografias das espécies de plantas do jardim:

Breve apresentação do jardim de polinizadores e descrição de como foi elaborado:
A criação do jardim de polinizadores surgiu como resposta à necessidade de proteger e promover a biodiversidade local, em especial a dos polinizadores, cada vez mais ameaçados pela perda de habitat, uso de pesticidas e uniformização da paisagem. Este espaço visa proporcionar um refúgio seguro e nutritivo para abelhas, borboletas e outros insetos, além de sensibilizar a comunidade para a sua importância nos ecossistemas e na produção de alimentos.
A Associação Urbem Forests realizou uma seleção criteriosa de espécies vegetais, com base em critérios ecológicos, priorizando plantas autóctones adaptadas à fauna local. Foram incluídas espécies que mantêm relações especializadas com polinizadores, como Cistus ladanifer ssp., essencial para abelhas do género Andrena, e gramíneas como Stipa gigantea, fundamentais para lagartas de borboletas como Hipparchia statilinus. Além disso, integraram-se espécies endémicas da região mediterrânica e do território português, como Armeria rouyana, Iberis cilliata e Lavandula pedunculata, que aliam valor ecológico, ornamental, rusticidade e baixo consumo de água, favorecendo a conservação e a estética em contexto urbano e periurbano.
Um aspeto inovador foi a utilização de sementes recolhidas da Arriba Fóssil para a criação de um prado misto de plantas nativas — um projeto pioneiro em termos de recuperação ecológica. Deixaram-se também crescer espontaneamente algumas plantas nativas, tradicionalmente consideradas “ervas daninhas”, com o objetivo de enriquecer ainda mais o ecossistema do jardim.
Os materiais foram fornecidos pela Associação Urbem Forests (enxadas, ancinhos, luvas de jardinagem), e pela Tagis, que contribuiu com os materiais para a construção dos abrigos para insetos e do berçário de moscas-das-flores.
Os alunos dos ciclos de estudos de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, Licenciatura em Enfermagem Veterinária e Licenciatura em Ciências Biomédicas participaram ativamente em todas as fases do projeto: remoção de espécies invasoras e exóticas, preparação do terreno, plantação da flora selecionada, construção e instalação de abrigos e do berçário, e colocação de placas de identificação das plantas.
O projeto contou com a colaboração de diversas entidades, como o ICNF, Tagis, Flowerlab, polli.NET, PolinizAÇÃO e a Associação Urbem Forests, e pretende servir como exemplo de como a flora local pode ser usada para criar espaços de conservação, educação ambiental e ligação ao território.
Na sequência da criação do jardim de polinizadores, foi lançado o projeto BiodivEM, desenvolvido na plataforma iNaturalist, com o objetivo de identificar as espécies de plantas e promover o conhecimento da biodiversidade local. Esta iniciativa surgiu como forma de potenciar o valor pedagógico e ecológico do jardim, incentivando a comunidade académica — estudantes, docentes e colaboradores — a explorar, identificar e registar as espécies de flora e fauna presentes no nosso Campus.
Ao centrar a atenção no novo jardim de polinizadores, o projeto promove o contacto direto com a natureza e a participação ativa em ciência cidadã.

Conjunto de fotografias da vista geral da exposição:

Conjunto de fotografias de pormenores da exposição:

Breve apresentação da exposição e descrição de como foi elaborada:
No âmbito da unidade curricular Plant Biology, Agriculture and Environment, foi organizada uma exposição prática e educativa centrada na temática dos insetos polinizadores e da flora benéfica para os mesmos. A atividade contou com duas sessões teórico-práticas, dinamizadas por uma Professora da Egas Moniz School of Healht & Science e por dois formadores da Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, uma organização parceira fundamental no desenvolvimento e manutenção do nosso Jardim de Polinizadores.
A exposição resultou da participação ativa dos alunos, que, após uma introdução teórica sobre a diversidade e importância dos polinizadores, participaram em diversas atividades práticas: observaram e identificaram insetos, utilizaram plataformas de ciência-cidadã para registar as suas observações, como por exemplo a iNaturalist e o FITCount, construíram abrigos para insetos e berçários para sirfídeos com materiais naturais e reciclados, e contribuíram para a manutenção do jardim, através do enriquecimento e limpeza das áreas plantadas.
O processo envolveu a utilização de materiais simples e sustentáveis, como madeira, canas, pinhas, ramos e folhas secas e outros elementos naturais, promovendo simultaneamente a consciência ambiental e o trabalho colaborativo. Estas sessões reforçaram o papel do jardim como espaço educativo e de conservação da biodiversidade.
Para além da vertente prática e pedagógica, a iniciativa é também divulgada à comunidade da Egas Moniz através de monitores distribuídos pelas instalações, onde são partilhadas informações sobre o Jardim de Polinizadores, a sua importância ecológica e formas simples de contribuir para um jardim rico em biodiversidade e saudável.