saber mais sobre a nossa horta bio
questionário
1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?
2 anos e meio
2. Área aproximada da horta (m²):
24
3. Quem trata da horta?
3.1. N.º de professores envolvidos:
2
3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta:
Sendo 1º Ciclo, não vêm à Horta grupos disciplinares específicos, sendo por norma feita uma abordagem intA disciplina mais trabalhada costuma ser o Estudo do Meio, mas também se trabalha o Português, a Matemática e as Expressões
3.3. N.º de alunos envolvidos:
150
3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos:
04
4. As famílias são envolvidas?
4.1. Como e com que frequência?
As famílias têm participado sobretudo de forma indireta, quer acompanhando online a a atividade da horta, através da Página de Facebook , quer oferecendo alguns cultivares para plantar ou sementes para semear. Ultimamente temos feito algumas trocas de sementes e plantinhas novas (couves, acelgas, tomate…).
Temos programado o “Dia do Eco-escolas” para o mês de junho, que será aberto à comunidade e que incluirá visita guiada à horta e workshop para Pais/EE.
5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos:
Passados dois anos e meio da criação da Horta podemos afirmar que ela tem tido impacto nos alunos e na comunidade escolar e até local.
Quanto aos alunos, temos vindo a notar cada vez maior interesse em participarem, voluntariamente, nos trabalhos da horta. Temos notado melhoria de capacidades, quer intelectuais, quer motoras (maior destreza manual e de orientação espacial, por exemplo). O interesse pela escola tem aumentado, especialmente no caso de alunos com maiores dificuldades ao nível intelectual e mais desinteressados pelo ensino. O espaço da horta tem funcionado, inclusive, como terapêutico, quer ocupando os alunos mais problemáticos ao nível comportamental, quer funcionando como calmante para alunos mais irrequietos ou com problemas de controlo da agressividade.
Os Workshops da Horta, que mais não são do que aulas práticas, ao ar livre, os alunos percebem que muitos dos conceitos e aprendizagens que adquirem na sala de aula, de forma mais teórica, têm aplicação prática e que ajudam a resolver problemas e situações do dia-a-dia.
Em relação à comunidade escolar do Agrupamento tem sido influenciadora de boas práticas. O Jardim-de-Infância de Alcains, motivado por nós e pela nossa prática (e com a nossa ajuda), revitalizou o espaço para horta, continuando a pôr em prática o Projeto “A horta no Jardim-de-Infância” e ali onde realizam diversas atividades com as suas crianças. Por seu lado, um pouco influenciados pelo nosso trabalho, já foram criadas pequenas hortas noutros estabelecimentos de ensino do 1º ciclo, como seja na Póvoa de Rio de Moinhos, Tiakhas e S. Vicente da Beira.
Temos tido várias solicitações de adultos da escola e até exteriores à escola, que nos vêm questionar sobre práticas de agricultura biológica, como por exemplo, que plantar ou semear na horta em determinado período, como devem fazer a rotação de culturas, a pilha de compostagem ou caldas naturais contra pragas como afídeo e lagarta.
Através das publicações online (Página no Facebook), contribuímos, no nosso entender, para a consecução do Projeto Educativo. A maioria das publicações da Horta são partilhadas pelo Agrupamento. O número de seguidores tem aumentado bastante, tendo 647 atualmente. Por esta via, pretendemos não só chegar às famílias dos alunos, mas a toda uma comunidade de pessoas interessadas em saber mais sobre as Hortas biológicas. Acreditamos estar a influenciar pessoas, que passam a ter procedimentos (nos seus jardins, hortas de varanda ou nas tapadas e quintas) mais ecológicos e de acordo com o que deve ser uma horta Bio.
6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?
A manutenção da horta é feita quase diariamente (durante o período letivo) pelos professores coordenadores, com ajuda de Assistentes Operacionais e alunos (de forma voluntária). Os trabalhos principais (fertilização, sementeira, plantação, recolha de sementes, construção da pilha, transformação dos vegetais…) são feitos por turmas inteiras e seus professores, que são convidados a vir à Horta em dia e hora combinados, através de Workshos. Todas as turmas são envolvids, à vez.
A manutenção diária, como regar, sachar, mondar, etc, vai sendo feita essencialmente no intervalo do almoço, por uma das auxiliares ou das professoras coordenadoras, sempre com ajuda (voluntária) de alunos, em especial os que almoçam na escola, de todos os anos de escolaridade. Começa-se a notar, inclusivamente alguma autonomia dos alunos, que já realizam tarefas sozinhos. São muitas vezes eles que vêm perguntar se não “vamos para a horta” e o que é preciso fazer.
Nos períodos de interrupção letiva, nomeadamente no verão, o trabalho de manutenção, nomeadamente rega, é feito pelos adultos envolvidos no projeto, de forma rotativa.
7. Como é feita a preparação do solo?
O solo é fertilizado com composto orgânico que nós próprios obtemos com a pilha de compostagem e algum estrume (caganita) de ovelha (criadas em regime bio).
A mobilização do solo foi feita manualmente, com apoio de ferramentas de mão.
A limpeza é feita sempre que se torna necessário (retirar folhagem velha, algumas ervas, sachar…). As folhas e as ervas, desde que não apresentem doenças ou sementes maturadas, são colocadas na pilha de compostagem.
8.1. Se sim, como e com que materiais?
Folhas e flores das árvores da escola e erva da escola (quando cortada ou arrancada nos jardins da escola, praças das árvores); palha e feno; restos de vegetais (cascas de batata, restos de hortaliças, etc) e cascas de fruta (da cantina e que alguns professores e auxiliares trazem de casa); restos das plantas da horta (desde que não doentes); borras de café; estrume de ovelha (caganita de ovelha); alguma terra; cartão (sem tintas); cinza (não muita); casca de ovo…
9. Quais as culturas / consociações instaladas?
Família Fabaceae: feijão verde; fava; ervilha; tremoço; chícharo.
Família Asteraceae: alface
Família Crucifereae: brócolo; couve galega; couve repolho (coração de boi e lombardo); couve penca;~
Família Apiaceae: salsa; coento
Fanília Lileaceae/Amarilidaceae: cebola; alho francês
Família Solanaceae: batata; tomate; pimento; beringela
Família Curcubitaceae: melancia; melão e meloa; pepino; lufa e cabaça
Família Convolvulaceae: batata doce
Família Rosaceae: morangueiro
Família Poaceae : trigo, centeio, cevada e aveia
Consociação: couve+ alface+ morangos + alho francês; ervilha
9.1. Quantidade (kg) aproximada de produtos produzidos:
50kg
9.2. Qual o destino dado aos produtos da horta?
Fizeram-se bolos e pão com produtos da horta (abóbora, batata doce e espinafres) os alunos comeram; venderam-se alguns aos professores, pais e auxiliares e com o dinheiro conseguido comprara.se ferramentas e um carrinho de mão.
11. É feita recolha da água da chuva?
11.1. Como é feita a gestão da rega?
O processo de recolha de água da chuva este ano passou a ser feita, a partir do mês de março, no telhado do refeitório, para um depósito com capacidade de 1000 l, oferta da Junta de Freguesia de Alcains. Apesar de ter chovido pouco desde a sua instalação, já o conseguimos encher duas vezes. Enquanto dá, temo-la utilizado para regar as árvores de fruto novas (mini pomar que criámos na escola, com 10 árvores), plantas da espiral de aromáticas e algumas plantas nos canteiros da horta, como o dos morangos e feijão-verde. Por vezes, sobretudo nos períodos em que não chove faz maior calor, sobros obrigados a recorrer à utilizamos também água da rede. Normalmente rega-se de manhã ou ao final da tarde. É uma das tarefas realizadas essencialmente pelas Assistentes Operacionais que se disponibilizaram a colaborar com o Programa Eco-Escolas. Gostaríamos de instalar rega automática, para poupar água (aí poderíamos regar, por ex, de noite), mas ainda não foi possível.
12. Monitorização de pragas e doenças:
12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?
A monotorização de pragas e doenças é feita com alguma assiduidade. Logo que se deteta algum problema, tentamos “atacar” logo (com processos naturais) para que não avance. Não podemos deixar o problema avançar, pois as caldas naturais não são tão agressivas e não combatem tão depressa a doença. Mas não faz mal, pois preferimos perder a cultura e não usar produtos químicos na nossa linda e saudável hortinha! Utilizamos sobretudo calda de sabão azul (contra o afídeo , por exemplo) e macerado de cebola e alho (contra o míldio do tomateiro, etc).
No caso da lagarta da couve temos usado a velha técnica de “catar as lagartas”. Contra as lesmas temos utilizado vasos invertidos e a retirada manual da horta. Também já temos usado cinza e casca de ovo perto de algumas plantas para as afastar. Neste momento já temos a espiral de aromáticas no centro da Horta, com plantas que repelem algumas pragas.
12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?
12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?
Afídeo (fava e feijão), oídio (ervilha), lagarta da couve e ataque de pássaros à semente da couve e dos cereais (trigo, centeio e cevada). No caso da lagarta, fez-se a sua irradicação através de retirada manual dos cultivares atacados. No caso dos pássaros, fizemos espanta pardais, com fitas coloridas e esvoaçantes em que se reutilizou sacos de ração de cães e gatos. Para combater o afídeo usámos calda natural de sabão azul com um pouco de álcool.
13. Existem animais de criação ligados à horta?
13.1. Se sim, que espécies?
14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta:
Feira na escola
Feira na comunidade
Confecção de sopas e outros pratos
Concursos
Aulas na horta
Outra
14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:
Atividade 1:
Descrição:
No dia Mundial da alimentação, em Outubro, festejou-se na escola o dia com um evento culinário em que se prepararam receitas de bolos e pão saudáveis, com recurso aos ingredientes que se tinham da horta: abóbora; batata-doce e espinafre. Todas as sete turmas da escola participaram, à vez, com a confeção de uma receita. Ao alunos leram a receita, colheram os espinafres, descascaram e cortaram a batata-doce e a abóbora e ajudaram a bater com colher de pau, etc. Depois de cozidos em forno elétrico, fez-se um lanche convívio, tendo os alunos e os professores e auxiliares provado um bocadinho das sete receitas. O pão de abóbora foi o preferido dos adultos e o bolo de espinafres, o das crianças. Foi uma atividade de um dia, mas que ficou na memória das crianças.
Atividade 2:
Descrição:
Criação de um pomar na escola. Tendo a escola muitas árvores, são essencialmente ornamentais. Só havia 1 pequena figueira e duas nespereiras, plantadas já no âmbito do Eco-escolas, nestes últimos 2 anos. Resolvemos, então, fazer um projeto que apresentámos à Junta de Freguesia com vista a criar um mini pomar na escola, essencialmente com árvores de outono. A Junta ofereceu as árvores (pagou as mudas), limpou (retirou o areão grosso da entrada da escola) e ofereceu um depósito de mil litros para recolhermos água da chuva no telhado do refeitório (junto à horta). Em finais de fevereiro princípios de março toda a comunidade escolar participou na plantação. Cada turma plantou e apadrinhou uma árvore. Os professores e os Assistentes operacionais também plantaram uma afilhada… Agora, ao longo dos anos os alunos e os adultos irão acompanhar o seu desenvolvimento e realizar várias atividades multidisciplinares em seu redor. Os alunos de 4º ano cederão o seu direito de padrinhos aos colegas do 1º ano e assim por diante. Das 10 árvores plantadas, “pegaram” 8. As duas que não sobreviveram (uma ameixieira e uma amendoeira) serão repostas no próximo outono. Os alunos andam muito entusiasmados e sempre a ver as árvores, ajudando a regá-las e a fazer cercas (improvisadas) para as suas “praças”. Nas aulas já fizeram pesquisa sobre a sua afilhada, fizeram desenhos, escreveram notícias… Está a ser um sucesso!
Atividade 3:
Descrição:
Junto dos canteiros da Horta estava o tronco de uma árvore morta, que havia sido cortada no ano anterior (na escola plantou-se uma nespereira para a substituir) e junto dela os alunos (aproveitando as paletes que haviam sido usadas como mesa de sementeira e já estavam velhas, fizeram uma “casinha”, onde brincavam nas horas de almoço. Almoçavam e corriam logo para lá! Tiveram então ideia de escavar (utilizando paus, na maioria das vezes) de tentar arrancar o tronco velho. E escavaram e escavaram, e retiraram terra (que punham num monte) e iam tirando pequenas rochas e “entulho” que ali estava enterrado… e ao fim de alguns meses já o buraco era enorme. Como é uma zona granítica U(dí o local onde a escola se situa se chamar “Pedreira”, acabaram por dar com uma enorme rocha e tiveram de se ficar por aí… Havia então duas hipóteses: ou os obrigávamos a fechar de novo o buraco ou aproveitávamos o seu esforço e as suas brincadeiras para algo útil. Optámos pela segunda hipótese e nasceu a ideia de fazer um Lago na Horta. Usando plástico para o fundo e pedras para o rebordo, surgiu o lago e bem bonito que ficou! Para aproveitar a terra que haviam retirado, depois de crivada, utilizou-se para encher a espiral de aromáticas, que finalmente passou de ideia a concretização. Quando se expandiu a horta (se construíram novos canteiros elevados, usou-sobras de paletes e fez-se um banco de jardim entre a espiral e o lago. Os alunos adoram ir para o local lanchar e conviver. Os alunos sentiram-se valorizados, por as suas ideias serem aproveitadas e fiaram ainda mais amigos de ajudar na Horta. No lago já vemos insectos (nomeadamente abelhas) e aves a beber (pardais, melros, pombos…), o que dá ao lago a sua maior utilidade. Na espiral já começamos a colher aromáticas para secar e guardar para chá. Com elas faremos saquinhos de aromáticas que serão oferecidos aos visitanbtes no dia do Eco-Escolas.
15. Outros aspetos de realce da horta:
A Horta releva-se como um espaço que embeleza do espaço escolar, que atrai os alunos como zona de bem-estar e lazer, nas horas de intervalo e almoço, revelando-se uma das suas zonas privilegiadas de convívio.
Nota-se que os alunos já começam a influenciar algumas práticas dos avós e pais, nas suas hortas familiares ou de varanda, em especial no que diz respeito à compostagem.
Não tanto como gostaríamos (por fata de tempo das coordenadoras), mas a Horta tem sido um ótimo lugar para aulas ao ar livre, orientadas ou não pelas coordenadoras.
15.1. Link para a página da horta:
https://www.facebook.com/hortabioalcains/