Hortas Bio nas Eco-Escolas
Edição 2022/23
Externato da Luz (Lisboa)
A Nossa Horta Bio
Horta pequena (até 50m²)
saber mais sobre a nossa horta bio
questionário
1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?
Desde o início de março de 2022.
2. Área aproximada da horta (m²):
120 m²
3. Quem trata da horta?
3.1. N.º de professores envolvidos:
18
3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta:
Ciências Naturais 5º, 6º e 8º anos, 1º ciclo e Pré-escolar
3.3. N.º de alunos envolvidos:
572
3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos:
3
4. As famílias são envolvidas?
4.1. Como e com que frequência?
Ainda não conseguimos desenvolver muitas atividades que envolvam as famílias. No entanto, os alunos do ensino pré-escolar levaram para casa as bombas de sementes feitas por eles na horta da escola para depois as atirarem, com familiares e amigos, para locais onde considerem que faltam plantas.
5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos:
A reação dos alunos observada pelas professoras, educadoras e responsáveis pela horta é muito positiva. Os mais novos, do ensino pré-escolar, revelaram grande entusiasmo em quase todas as atividades, as educadoras mencionaram que é importantíssimo o contacto com os alimentos tal como surgem na natureza para melhor entenderem os princípios da alimentação saudável. Tentou-se fortalecer a ligação entre as atividades da horta na escola e as famílias pedindo aos alunos para levarem para casa e cuidarem de material proveniente da horta. Alguns alunos com necessidades educativas especiais participam de forma colaborativa nas atividades da horta, experiência muito importante no seu processo de aprendizagem. As psicólogas da escola também recorreram à horta, em horários diferentes das sessões orientadas pelos responsáveis, para reorientarem a atenção destes alunos em situações mais difíceis. Tornou-se frequente os alunos perguntarem aos professores de Ciências “Ó professora, quando voltamos à horta?” o que revela entusiamo pelo projeto. Os professores do oitavo ano mencionaram que estas sessões facilitaram o processo ensino-aprendizagem de certos conteúdos programáticos visto que usaram, frequentemente nas suas aulas, exemplos retirados da experiência dos alunos na horta.
6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?
Desde o ano passado, desenvolvemos uma parceria com o Projeto Hortas Ecológicas dinamizado pela Filomena Aivado e pelo João Santos que fazem a manutenção da horta e dão aulas na horta duas vezes por semana. Foi criado um calendário com a marcação das duas sessões por semana com todas as turmas do ensino pré-escolar, 1º e 2º ciclo e 8º ano.
7. Como é feita a preparação do solo?
Este processo de limpeza e mobilização foi feito pelos alunos do 8º ano sob a orientação do João e da Filomena usando técnicas pouco agressivas e que permitem a conservação das características do solo. O fertilizante (chorume de urtigas) usado foi criado pelos alunos do 5º ano.
8. É feita compostagem?
8.1. Se sim, como e com que materiais?
Os restos orgânicos, resultantes do funcionamento do refeitório, são transformados em composto numa máquina para o efeito. Este composto foi usado na nossa horta e colocado pelos alunos do 8º ano. Além disso, solicitámos à Câmara Municipal de Lisboa dois compositores. Para isso foi necessário o Professor Sérgio Carvalho assistir a uma formação sobre o assunto. Os compositores encontram-se na horta para começarem a ser utilizados pelos alunos.
9. Quais as culturas / consociações instaladas?
Alfaces, ervilhas, beterrabas, tomateiros, alho-francês, couve galega, pepinos, espinafres, favas, girassóis, curgetes, batata-doce (duas variedades) e árvores de fruto: pereiras, macieiras, ameixeiras, laranjeiras, damasqueiro, limoeiro, diospireiro, marmeleiro e romãzeira. No croqui da horta foram representadas todas as culturas mas nem todas ocorreram em simultâneo.
9.1. Quantidade (kg) aproximada de produtos produzidos:
Ainda não conseguimos quantificar os produtos da horta, temos de melhorar este aspeto.
9.2. Qual o destino dado aos produtos da horta?
Os produtos da horta são entregues no refeitório da escola, usados sobretudo em sopas e saladas.
11. É feita recolha da água da chuva?
11.1. Como é feita a gestão da rega?
Foi instalado um sistema de rega gota-a-gota com um temporizador tornando o sistema de rega automático. No entanto, a rega com a mangueira também foi realizada em algumas sessões com a ajuda dos alunos. Em Maio fez-se a cobertura do solo com palha e erva seca para minimizar as perdas de água por evaporação.
12. Monitorização de pragas e doenças:
12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?
A monitorização é feita duas vezes por semana pelos responsáveis pela horta e pelas turmas envolvidas nas atividades da semana.
12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?
12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?
Os alunos colaboraram na produção de chorume, ótimo fertilizante, inseticida e repelente da nossa horta. Foram detetados e combatidos pulgões.
13. Existem animais de criação ligados à horta?
13.1. Se sim, que espécies?
14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta:
Feira na escola
Feira na comunidade
Confecção de sopas e outros pratos
Concursos
Aulas na horta
Outra
Outra, qual?
14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:
Atividade 1:
Descrição:
No Dia da Espiga, o segundo ano A levou o seu ramo da Espiga,
colhido na horta. Grande parte dos alunos não conhecia as favas, pelo menos na sua fase hortícola, quando estão na planta e no interior da vagem, antes de serem descascadas. Assim, tiveram a oportunidade de observar este legume e como se desenvolve. As faveiras tinham sido já atacadas por pulgões, por isso ficaram a conhecer a relação entre pulgões, que sugam a seiva das plantas, formigas, que se alimentam de um líquido doce excretado pelos pulgões, e joaninhas, que são predadoras de pulgões. As faveiras são ótimos materiais para explicar esta dinâmica pois são sempre atacadas pelos pulgões já numa fase adiantada do seu desenvolvimento, quando isso não afeta grandemente a produção de favas e, assim, atraem joaninhas para a horta (que predam também os pulgões que possam atacar outras culturas). As crianças observaram os pulgões à lupa e, para sua grande alegria, lá estavam as joaninhas. Foi também dia de recolher mais folhas secas de abacateiro, um material precioso para a horta.
colhido na horta. Grande parte dos alunos não conhecia as favas, pelo menos na sua fase hortícola, quando estão na planta e no interior da vagem, antes de serem descascadas. Assim, tiveram a oportunidade de observar este legume e como se desenvolve. As faveiras tinham sido já atacadas por pulgões, por isso ficaram a conhecer a relação entre pulgões, que sugam a seiva das plantas, formigas, que se alimentam de um líquido doce excretado pelos pulgões, e joaninhas, que são predadoras de pulgões. As faveiras são ótimos materiais para explicar esta dinâmica pois são sempre atacadas pelos pulgões já numa fase adiantada do seu desenvolvimento, quando isso não afeta grandemente a produção de favas e, assim, atraem joaninhas para a horta (que predam também os pulgões que possam atacar outras culturas). As crianças observaram os pulgões à lupa e, para sua grande alegria, lá estavam as joaninhas. Foi também dia de recolher mais folhas secas de abacateiro, um material precioso para a horta.
Fotografias:
Atividade 2:
Descrição:
O que fazer quando chove copiosamente e não se pode ir à horta? Existem sempre alternativas. Neste caso, os alunos fizeram tiras de sementes para serem posteriormente semeadas na horta. No final, levaram as tiras para a sala, para secarem e guardarem. As sementes, desde que estejam secas podem aguardar assim durante vários meses (um ano ou mais) até serem semeadas. Semear cenouras é um apelo à paciência das crianças pois estas demoram entre 4 a 5 meses a desenvolver-se. Começámos por apresentar diversos tipos de cenouras, de aspetos e cores variadas. Os alunos do 4º A manifestaram a sua surpresa, contámos a história da cenoura, ou seja, como chegámos à cenoura laranja que conhecemos atualmente, demos a provar diferentes cenouras e as línguas roxas, por causa da cenoura roxa, deram origem a momentos divertidos. Viram também os pacotes de sementes, com diferentes tipos. Por fim, fizeram as tiras, com recurso a papel higiénico e uma cola feita com farinha e água, sobre a qual dispuseram as sementes. Esta é uma técnica interessante pois se os alunos colocarem as sementes diretamente na terra, a tendência é para colocarem muitas (mais tarde temos de sacrificar muitas plantas), gerando desperdício de sementes.
Fotografias:
Atividade 3:
Descrição:
Em Março, celebrámos a chegada da Primavera com os 5 anos B fazendo bombas de sementes. As crianças peneiraram e misturaram o composto, explicámos como se fazem as bombas de sementes e elas próprias meteram mãos à obra. As bombas de sementes são pequenas bolas de argila em cujo interior se colocam algumas sementes (flores no caso) e composto. As crianças levaram para casa para depois as atirarem, com familiares e amigos, para locais onde considerem que faltam plantas. Com as chuvas e humidade, as sementes germinarão, promovendo assim a biodiversidade e gerando alimento para os polinizadores. Dividimos a turma em 2 grupos. Enquanto uns faziam as bombas de sementes, os outros experimentavam cavar a terra com ferramentas pequenas. Para grande entusiasmo de todos, encontraram minhocas.
Fotografias:
15. Outros aspetos de realce da horta:
O desenvolvimento deste projeto na escola de forma continuada e responsável, fez com que outros elementos associados à escola (pessoas responsáveis pela manutenção do jardim do seminário) cedessem mais terreno para a horta e permitissem que os alunos cuidassem das árvores de fruto que já existem perto da horta.
15.1. Link para a página da horta:
https://sites.google.com/externatodaluz.com/externatodaluz-eco-escolas/in%C3%ADcio
Coordenação
Parceiros
