Candidatura A Nossa Horta Bio

1.1. Se sim, quando?
Existe uma horta no edifício da creche, mas no edifício do pré-escolar não temos terreno

2.1. Outra, qual?
A uma horta urbana sem terreno numa varanda

3. Já foram iniciados alguns trabalhos de desenvolvimento da horta este ano letivo? Se sim, quais?
Sim, o nosso pré-escolar desenvolve algumas atividades de sementeiras em pequenos recipientes, flores e pequenos arbustos em vasos, todos os anos letivos. As atividades relacionadas com a germinação de sementes são sempre uma experiência agradável de contato com a terra e as plantas, que as crianças desenvolvem com bastante agrado e interesse. No entanto, não temos um espaço adequado e organizado para o desenvolvimento destas atividades, pelo que estas são sempre pouco expandidas.

4. Quais os objetivos a atingir com a implementação da horta na escola e descrição da horta pretendida?
• Analisar a importância da boa combinação de fatores como água, solo, luminosidade e nutrientes para o sucesso da horta
• Conhecer formas e recipientes interessantes e potencialmente seguros para a construção de uma horta num espaço de uma varanda.
• Experienciar as técnicas gerais necessárias para a produção de hortaliças (preparar o solo, escolha da espécie, plantio, irrigação)
• Conhecer as condições específicas de produção das principais espécies de hortaliças
• Reconhecer as principais pragas e doenças que afetam as hortas
• Conhecer formas baratas, naturais e eficazes para controlo de pragas e doenças em pequenas hortas
• Relacionar as hortaliças com fontes abundantes de nutrientes e fibras para auxiliar na manutenção da saúde
• Ensinar a cultivar a terra de forma a não prejudicar o ser humano, o planeta e a economia local.
• Proporcionar experiências de cultivo em hortas urbanas que as crianças podem replicar em casa mesmo em zonas sem terreno

5. Área aproximada da horta (m²) que pretendem implementar:
30

7.1. Como e com que frequência?
A comunidade escolar e as Famílias das crianças serão envolvidas com frequência e na dinamização das atividades, quer sejam estas na exploração do espaço da horta, no cultivo das hortícolas através da colaboração de familiares experientes na horticultura (Pais e avós com hortas); quer na dinamização das atividades à volta do espaço da horta. Estas atividades podem ser atividades de ciência, na construção de abrigos para aves, na construção do espaço das cozinhas de lama (espaço de brincar de faz-de-conta com elementos naturais da própria horta tais como terra, restos de folhas, restos de legumes e cascas...); oficinas de culinária com os produtos da horta, proporcionar visitas a outras hortas da comunidade envolvente para aprofundar e partilhar conhecimentos, etc.

8. Como será organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?
A horta está organizada em quatro espaços principais: o espaço dos contentores para o cultivo de hortícolas maiores, uma horta vertical para pequenas plantas e ervas aromáticas, um espaço de lazer onde estarão as cozinhas de lama e a área de piquenique, e também um espaço só com pequenos vasos para flores, pequenos arbustos ou outras plantas do interesse das crianças. Cada sala de atividades será corresponsável por um contentor elevado e uma horta vertical, e de todas as tarefas inerentes, tais como organização, plantio, manutenção e limpeza. Os restantes espaços serão responsabilidade comum. As crianças devem colaborar em todas as tarefas do cuidado da horta.

9. Como será feita a preparação do solo?
Como se trata de uma horta urbana de contentores e vasos, não haverá necessidade de preparação do solo, pois iremos adquirir substrato adequado e de qualidade para este tipo de horta. Para a fertilização vamos optar por um adubo caseiro ( tendo por base casca de banana, borras de café, cinzas e cascas de ovo) ou orgânico. A varanda é um local ensolarado e protegido dos ventos e dos animais e tem um ponto de água que vai permitir a irrigação necessária.

10.1. Se sim, como e com que materiais?
Como se trata de uma área de horta urbana relativamente pequena iremos tentar que cada sala faça o seu próprio composto em pequenos recipientes, no entanto, se isto não for rentável devido aos maus odores que se possam gerar, temos a possibilidade de fazer a compostagem numa horta de um Familiar próximo do nosso pré-escolar, que está disponível em colaborar connosco.

11. Quais as culturas (e consociações) que serão instaladas?
O nosso projeto de horta urbano assenta numa seleção de plantas adaptadas ao clima e ao plantio em recipientes. Pretendemos um plantio baseado na diversificação das espécies, cultivando tanto as folhosas, como as frutíferas, os tubérculos e raízes. Sempre que possível utilizar as espécies nativas. Em recipientes com dimensões mais generosas (contentores e canteiros urbanos) pretendemos plantar, por exemplo, alfaces, cenouras, nabos, favas, cebola, couve portuguesa, espinafre, rabanetes, tomate, alho-francês, batatas, agrião, beringela, beterraba, cebolinhas, chicória, couve manteiga, espinafre, feijão-vagem, pepino, rúcula. Para os vasos verticais e em espaços mais pequenos vamos cultivar plantas condimentares, tais como as ervas aromáticas e as medicinais, uma vez que são precisas pequenas quantidades de cada vez e, geralmente, produzem-se constantemente. Exemplos: Cebolinho, salsa, manjericão, hortelã, erva-doce, erva-cidreira, coentros, alecrim. Temos a intenção de plantar também alguns arbustos frutíferos de pequenas dimensões tais como mirtilos, pimenteiros, amoras, pés de morangos e algumas flores para alegrar o espaço.

12. Como será feita a gestão da rega?
Na varada existe um ponto de alimentação de água que permite a irrigação das plantas sempre que necessário, no entanto também gostaríamos de aproveitar as águas das chuvas para regar a horta, sempre que possível, pelo que a instalação de reservatórios para armazenar água será necessário.

13. Será feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência? Caso existam, como serão combatidas?
Como se trata de horta biológica em vasos, muito provavelmente não teremos muitos problemas com pragas e doenças, devido ao solo de boa qualidade que vamos usar, ou seja plantas bem nutridas menos doença e pragas. Também pretendemos usar adubação orgânica e produção de composto. Quanto maior for a diversidade de culturas da horta, menor a suscetibilidade ao aparecimento de pragas e doenças nas mesmas, contribuindo para o seu sucesso produtivo. Utilizar consociações de plantas, tais como o exemplo das couves e o tomate beneficiam-se mutuamente quando consociadas; a salsa dá-se bem na vizinhança do tomate; o espinafre dá-se bem junto da batata ou da couve; o alho dá-se bem com a alface. Juntar espécies repelentes de pragas, como o alecrim, citronela e hortelã na proximidade de hortícolas mais frágeis atuando como repelentes das pragas de insetos que se aproximem. Podemos utilizar pequenos truques caseiros, como por exemplo, espalhar serradura ou cinza entre as plantas e não utilizar estrume fresco. Também podemos contar com os inimigos naturais das pragas (joaninha, pássaros).

14. Indique as principais atividades que se pretendem concretizar em torno da horta:
Acreditamos sempre que jardins ou hortas na escola podem funcionar como um elemento diferenciador na educação pessoal e social trazendo ainda outros benefícios indiretos que promovem a atividade física, a proximidade com a origem dos alimentos e a saúde e o bem-estar emocional das crianças e adultos. Primeiro porque a agricultura envolve todos os sentidos: Tocar e sentir as texturas de sementes, terra, folhas, flores ou mesmo frutos. Observar as cores, sentir os cheiros, ver as plantas a crescer é um despertar contínuo para todos os sentidos. Também promove uma alimentação mais saudável: Quando as crianças podem cultivar os seus próprios feijões, cenouras e alfaces, vão também ter mais facilidade em comer o que plantaram. Melhora o desenvolvimento motor: Colocar terra e sementes nos vasos, plantar e regar, promove e facilita também um melhor desenvolvimento das suas habilidades motoras que futuramente ajudarão também na escola, como escrever, cortar, pintar, etc. Desperta o interesse dos mais pequenos pelo mundo da ciência, especialmente botânica, biologia e química. Na verdade, desperta a curiosidade para coisas simples como o simples processo da germinação de sementes. Vão ainda entender melhor o impacto da luz solar e da água no crescimento das plantas. Ensina a ter Responsabilidade: Ensina às crianças o significado da “responsabilidade”. Elas aprendem que para ter sucesso nas suas colheitas, precisam cuidar das suas sementes ou plantas todos os dias. Podemos trabalhar a matemática em muitos momentos da jardinagem: medir a profundidade das sementeiras, contar as sementes, medir o crescimento da planta e até criar um gráfico. Podemos ainda medir e comparar os tamanhos dos vegetais ou identificar as diferentes formas que podemos encontrar num jardim. Ensina/ Treina a paciência: Todas as crianças gostam de ter resultados imediatos, mas a agricultura é um processo lento. As crianças aprendem a ser pacientes quando esperam pelas suas flores ou que os seus vegetais cresçam. Envolver as crianças neste processo ajuda a aumentar suas habilidades de planeamento e resolução de problemas e que podem ser transmitidas a todas as facetas da vida. Ainda em torno da horta é possível realizar oficinas de culinária com os alimentos cultivados, realizar pelas visitas a hortas de familiares e da comunidade envolvente para aprender com outras pessoas, pretendemos realizar uma área de lazer ligada à horta com um pequeno espaço de convívio, onde podemos realizar piquenique e brincar nas Cozinhas de Lama (área onde as crianças brincam com os elementos naturais resultantes da horta, tais como folhas, caules, terra…), atividades de ciência, ateliers de decoração de vasos, ex+lorar a sazonalidade dos alimentos – conhecer o calendário de plantação/sementeiras e colheitas; Conhecer e explorar as variedades e importância das sementes; Conhecer várias flores e ervas aromáticas e sua importância na biodiversidade e controlo de pragas no jardim e horta; Explorar e conhecer alguns dos insetos úteis; Poder explorar o processo de compostagem (degradação de resíduos orgânicos em fertilização natural); Construir abrigos para insetos amigos; Oficinas de ciências com lupas para explorar toda a biodiversidade do microssistema da horta; Construir casas para pássaros; Recolher água da chuva e entender melhor a importância de poupar água; Conhecer e explorar alguns provérbios populares sobre colheitas (mensalmente).

15. Calendarização. Faça uma breve descrição das tarefas a concretizar ao longo do tempo e indique a data prevista para a sua realização:
1ª Fase: Organização do espaço da varanda - apetrechar este espaço pequeno com canteiros/vasos/ contentores elevados e criar o sistema de cultivo vertical / demarcar os canteiros e locais de plantio de cada sala de atividades (fevereiro/março)
2ª Fase: Plantar ou semear as hortícolas, frutos ou ervas aromáticas (março) / atividades de ciência ligadas à horta / Elaboração da Cozinhas de Lama e da área de lazer
3ª Fase: Manutenção da Horta (abril, maio): Rega; Replantar e mudar a terra quando for necessário; remoção das folhas doentes, remoção de ervas daninhas / Atividades de ciências ligadas à horta /visitas a hortas da comunidade envolvente / Ateliers de Decoração de vasos
4ª Fase: Início de algumas colheitas (junho/julho/Agosto): Atividades de culinária com as crianças / Piqueniques e atividades de lazer na horta

16. Orçamento. Quais os recursos que necessitam para concretizar a horta e os custos previstos associados?
7 Contentores elevados para não prejudicar o chão da varanda e facilitar a limpeza do espaço: entre 50€ a 80€
Mesa de piquenique para exterior com bancos: 150€
Substrato para horta: 50€
Apetrechos básicos: Doação
Pallets para as Cozinhas de Lama: Doação

17. Parceiros. A escola dispõe de outras parcerias que possam vir a colaborar na horta?
Os nossos maiores parceiros são as Famílias, que estão sempre disponíveis em colaborar, mas também a autarquia é uma aliada importante na dinamização da atividades inerentes ao Eco escolas. Temos ainda parcerias com outras Eco Escolas / Escolas locais (escola Profissional de Aveiro, por exemplo ou a Escola Agrícola de Vagos), com quem podemos sempre colaborar neste tipo de iniciativas.

18. Avaliação. Indique pelo menos dois indicadores que pretendem usar para avaliar o projeto:
A avaliação das atividades da nossa Horta Escolar será realizada de forma variada e contínua, visando a superação das dificuldades das crianças. A mesma poderá ser feita por meio da observação, ou melhor, do acompanhamento do educador ou pelas próprias crianças, analisando se os objetivos propostos estão sendo alcançados. No entanto, pretendemos quantificar e avaliar as atividades desenvolvidas em torno da horta, se estas foram ou não eficazes e também o envolvimento e grau de implicação das crianças nas atividades propostas.

Croqui da horta:

• Mapa da horta.pdf

Fotografias da área onde pretendem implementar a horta: