Os Insetos da Horta

Escola EB 2,3/S João Garcia Bacelar (Cantanhede)

Desafio: "Os Insetos da Horta"

Registo Fotográfico:

Breve explicação, para cada espécie, das vantagens/implicações da presença de cada espécie na horta:
Insetos Benéficos/Auxiliares:

Espécie 1:
As bichas-cadela, também conhecidas por tesourinhas devido às pinças que têm na região terminal, são insetos omnívoros que se podem alimentar de matéria vegetal em decomposição ou de outros insetos como os afídios. Têm hábitos noturnos e durante o dia refugiam-se em locais escuros e húmidos. Manifestam uma elevada capacidade de ataque sobre vários insetos-praga, principalmente de ovos e formas jovens, pelo que, podem ser importantes auxiliares na agricultura biológica.
Apesar das lendas e rumores de que estes insetos são venenosos e de que podem entrar para os nossos ouvidos, estes animais são inofensivos podendo apenas beliscar-nos levemente com as suas pinças se se sentirem ameaçados.
Para atrair e manter estes insetos devem criar-se ambientes propícios ao seu desenvolvimento. É importante divulgar informação correta sobre eles, de forma a desmistificar as crenças de perigosidade que ainda existem, e que motivam a sua eliminação por algumas pessoas. O uso de adubos químicos e pesticidas pode matar ou levar ao afastamento destes insetos.

Espécie 2:
As joaninhas são pequenos insetos que, além de muito bonitos, são muito úteis nas nossas hortas e quintais, pois combatem algumas pestes, como as dos pulgões, as moscas da fruta, ácaros e outros insetos prejudiciais às culturas agrícolas. Muitos agricultores biológicos no Mundo e, alguns em Portugal, já as utilizam para controlar naturalmente as pragas nas suas culturas.
É possível comprar kits comerciais para criar joaninhas. Depois é só liberta-las nas plantas atingidas, sem exageros, para não desequilibrar o ecossistema da horta.
Algumas plantas são úteis para atrair e manter as Joaninhas nas hortas e quintais: endro, gerânios, funcho, coreópsis, angélica, cosmos, tanaceto, cominho, dente-de-leão, coentro, mil-folhas e/ou cenoura. Não devemos usar adubos artificiais e pesticidas, pois elas são muito frágeis e morrem ou afastam-se.

Espécie 3:
O louva-a-deus é um caçador. É um animal um pouco estranho e parece meio desengonçado, mas é muito ágil e forte. Tem várias cores graças, o que lhe permite uma camuflagem muito eficiente. Tem também capacidade de audição ultrassónica e os seus voos assemelham-se aos dos aviões de combate.
Como a sua alimentação é à base de moscas, mariposas, gafanhotos, lagartas, besouros, formiga, são uma ajuda importante no controlo de pragas na horta.
Em alguns países crescem muito, mais de 10 cm, chegando a matar pássaros, mas em Portugal, não ultrapassam os 8 cm.
Para atrair os Louva-a-deus convém ter alguns espaços de terreno com erva alta, com arbustos e plantas aromáticas, como o endro e o cravo túnico. Também não se deve utilizar pesticidas e adubos artificiais.

Insetos Prejudiciais:

Espécie 1:
O pulgão é um inseto com 3 mm, corpo mole, redondo e verde, castanho ou negro. Chupa a seiva das plantas para se alimentar e como consequência, as folhas ficam enroscadas, cheias de picadas e os botões florais perdem a capacidade para abrir. Além disso, segrega um líquido açucarado (melaço) que adere às plantas, provocando debilidade. O ataque do pulgão é favorecido pela secura do ar e pelo calor e é mais perigoso nos solos compactos com ervas daninhas. Por isso, deve controlar a vegetação espontânea. Como se reproduz de forma vertiginosa, é importante atuar rapidamente. Todo o jardim está sujeito ao ataque à exceção das plantas aromáticas.
As folhas atacadas pelo pulgão encarquilham e ficam repletas de pontinhos brilhantes. Também ficam pegajosas devido ao melaço e por vezes mostram manchas negras. Outro sinal inconfundível do ataque dos pulgões é a presença de formigas em redor do exemplar afetado.
Para prevenir e combater as pragas de pulgões evite o uso de adubos ricos em azoto que estimulem a saída de novos rebentos. Também pode borrifar de forma preventiva as plantas com sabonária (água e sabão azul) ou uma infusão de urtigas.

Espécie 2:
O escaravelho ataca a folha da batateira e não a batata, mas, uma batateira sem folhas não faz a fotossíntese e assim as batatas não crescem. Se houver muitos escaravelhos, o campo das batatas estará comprometido.
Para combater estes escaravelhos o melhor é atrair insetos como as joaninhas, que podem comer os seus ovos antes de eclodirem, ou os louva-a-deus que os podem caçar. Também podemos atraí-los para armadilhas, plantando plantas de rícino, que o envenenam (mas também são venenosas para os humanos). Já as plantas aromáticas calêndulas, o cravo-da-índia e as capuchinhas afastam estas criaturas incómodas.
Há outros predadores naturais que são muito bons na nossa horta, como os pássaros. Para os mantermos e atrairmos convém facilitarmos os seus abrigos naturais e a fornecermos-lhes alimentos.

Espécie 3:
A cochonilha pertence à família Cóccidos, que se divide em vários géneros e estes, por sua vez, em muitas espécies. Pode ter carapaça rija, calcária e castanha ou mole e branca.
É difícil de detetar e instala-se nos nervos foliares e nas axilas das folhas, onde chupa a seiva comprometendo o crescimento das espécies. Assim como o pulgão, segrega um melaço que atrai formigas.
Algumas plantas vulneráveis ao ataque são os loureiros, arces, cedros, rosas, heras e outras plantas de interior, além dos citrinos. Por ano, podem ter mais de uma geração, segundo a espécie e o clima da zona, e os efeitos são mais graves em estado adulto, desde deformações e queda das folhas até à debilidade geral. Os inseticidas são pouco eficazes devido à carapaça rija.
A cochonilha tende surgir quando existe debilidade ou falta de nutrientes na planta, o ar está quente e falta humidade no ambiente, a é folhagem densa e apertada e existe falta de ventilação.
Quando as plantas são parasitadas pelas cochonilhas apresentam os seguintes sinais: verrugas brancas ou castanhas de diferente tamanho nas axilas das folhas; descoloração e graves deformações nas folhas; ficam pegajosas em consequência do melaço segregado pelas cochonilhas. Toda a planta acaba por ficar debilitada.
Como tratamento caseiro, podem limpar-se as carapaças das cochonilhas com algodão ou cotonetes impregnados em álcool e borrifar com sabonária. É essencial facilitar a circulação do ar em redor das plantas e promover a humidade ambiental.

Memória descritiva:
O trabalho de pesquisa foi feito, numa fase inicial, através da consulta dos sites sugeridos pelos professores de ciências naturais. Ex:https://hortasbio.abae.pt/desafios-2019-2020-os-insetos-da-horta/; https://acientistaagricola.pt/biopesticidas-para-a-sua-horta/; https://universidadejunior.up.pt/ficheiros/programas_ficaemcasa/Insetos.pdf;
https://www.ciencia20.up.pt/index.php?option=com_content&view=article&Itemid=101&id=319;
Outros sites referidos como fonte de informação foram os seguintes:
https://revistajardins.pt/as-5-pragas-do-jardim/
https://www.portaldojardim.com/pdj/2010/05/07/dica-escaravelho-das-batatas/
https://www.assimquefaz.com/9-insetos-beneficos-para-o-seu-jardim-e-como-atrai-los/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Louva-a-deus
https://www.hortasbiologicas.pt/insetos-louva-a-deus.html
https://jra.abae.pt/plataforma/artigo/joaninhas-vs-pulgoes/
https://www.phosphorland.pt/joaninhas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaninha
http://umdiadecampo.blogspot.com/2016/02/bicha-cadela-um-insecto-conhecer.html
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/tesourinhas-pequenas-e-de-grande-eficiencia
Também foram consultados os familiares, principalmente os avós, como fonte de informação.
Os desenhos foram feitos a lápis de carvão e pintados com lápis de cor.