Espiral de Ervas Aromáticas
ISCAL - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (Lisboa)
Desafio: "Espiral de Ervas Aromáticas"
Esboço/croqui da Espiral:
Descrição das vantagens da construção de uma espiral:
Uma espiral de ervas aromáticas é, acima de tudo, conjugar o maior número de plantas, num espaço mínimo; onde a estética se une ao prático. Isto proporciona, ao contrário de um jardim convencional, a criação de microclimas, onde as diferentes espécies crescem em harmonia num clima de entreajuda; ao mesmo tempo que contribuem, de forma saudável e saborosa, para uma alimentação de qualidade.
Breve descrição das plantas selecionadas e motivo do respetivo posicionamento na espiral:
As plantas selecionadas tiveram em conta os nossos hábitos alimentares e também quais as que teriam maior hipótese de singrar. Ficaram, por exemplo, de fora os coentros, que apesar de muito utilizados na nossa gastronomia, requerem cuidados que nas condições existentes seriam difíceis de assegurar. Assim, faz-se seguidamente a descrição das plantas selecionadas para a nossa espiral de ervas aromáticas, como aconselhada por algumas fontes. (Lopes et al, 2014; Mourão, 2012).
Breve descrição das plantas selecionadas
A informação relacionada com caracterização das plantas, a sua utilização e taxonomia, resulta da leitura e da adaptação da bibliografia que se menciona no final deste trabalho.
Topo
1 – Alecrim (Rosmarinus officinalis)
2 – Hortelã (Mentha spicata)
3 – Lavanda (Lavandula angustifólia)
2º nível
4 – Manjericão (Ocimum basilicum)
5 – Cebolinho (Allium schoenoprasum)
6 – Orégãos (Origanum vulgare)
3º nível
7 – Salsa (Petroselinum crispum)
8 – Tomilho (Thymus vulgaris)
9 – Sálvia (Salvia officinalis)
Materiais de construção necessários e motivo da sua escolha:
O material escolhido foram vasos de vários tamanhos, o facto de existirem alguns nos espaços ISCALinos com pouco uso, dá-nos o suporte ideal para o pouco espaço disponível que existe nas nossas instalações.
Ao construirmos um jardim de ervas aromáticas, vamos embelezando, também, o ambiente envolvente (neste caso o nosso pátio interior) onde se podem fazer refeições, com acesso fácil e resguardado de predadores – humanos e outros).
O topo da espiral mais exposto aos raios solares possui significativamente mais drenagem do que as partes inferiores. Esta disposição influencia a escolha das espécies e a sua localização na espiral; facilitando, contudo, que espécies tão dispares como o tomilho e a hortelã possam crescer praticamente lado a lado.
Breve memória descritiva de como foi efectuado o trabalho:
Breve memória descritiva de como será efectuado o trabalho
Para manter as ervas mediterrânicas felizes, escolhemos um lugar virado a norte com um perímetro inferior a 2 metros, onde o sol bate a maior parte do dia, - como gostam o alecrim e a lavanda -, mas cuja localização protege as espécies mais frágeis e que gostam de humidade e menos luz, como a salsa e o cebolinho.
Serão aproveitados para a estrutura vasos de vários tamanhos, que serão dispostos em forma de boneco, o Herbie (Silva, 2020). O meio será constituído por um vaso maior, onde se colocarão algumas espécies, funcionará como suporte da estrutura onde assentará uma estaca de onde sairão os membros do boneco, assim como a cabeça. O conjunto formará a espiral, constituída por vasos mais pequenos, que comunicando entre si em cascata, distribuem calor e humidade de forma gradual. A separação entre espécies será demarcada com material reciclado, garrafas descartáveis, pacotes de leite, sobras de relva sintética ou outro material que se adeque.
Para o plantio será utilizada terra de várias porosidades: mais rica para os níveis mais baixos; e, mais arenosa para o nível de topo, a que se poderá adicionar resíduos provenientes da compostagem familiar. A irrigação será manual, havendo, no entanto, pratos para recolha de águas pluviais.
Pretende-se dar início à implementação do projecto logo que tenham início as aulas do próximo ano lectivo.
Queremos ver as nossas ervas aromáticas crescerem e usufruir dos seus benefícios na alimentação do nosso dia-a-dia
Bibliografia:
Associação Portuguesa de Nutrição (2018). Aromatizar saberes: ervas aromáticas e salicórnia [E-book 49]. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição.
Barata, A., Rocha, F., Lopes, V., Bettencourt, E., & Figueiredo, A. (2014). Medicinal and Aromatic Plants - Portugal. Encyclopedia of Life Support Systems (EOLSS). Oxford, UK: UNESCO, Eolss Publishers.
Figueiredo A. C., Barroso, J. G., & Pedro, L. G. (2007). Potencialidades e Aplicações das Plantas Aromáticas e Medicinais. Curso Teórico-Prático. Lisboa: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Cunha, A. P., Ribeiro, J.A., & Roque, O.R, (2007). Plantas Aromáticas em Portugal. Caracterização e Utilizações. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Lopes, A., Teixeira, D., Calhau, C., Pestana, D., Padrão, P., & Graça, P. (2014). Ervas aromáticas: uma estratégia para a redução do sal na alimentação dos portugueses. Lisboa: Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Direção Geral da Saúde.
Mourão, I. (2012). Plantas aromáticas e medicinais com interesse para secagem, produzidas no modo de produção biológico: erva cidreira, hortelã pimenta, manjericão grande, tomilho limão e tomilho bela luz (parte II/II). Agrotec, 4, 50-54.
Nobre, A. (2013). Entre Coentros e Poejos – Uma viagem pela cozinha de António Nobre. Évora: Caminhos das Palavras.
autores:
- Filomena Borba - Funcionária não docente - Serviço de Informação e Documentação (SID) - ISCAL
- João Caetano - aluno ISCAL
- Mariana Santos - aluna ISCAL
Apoio gráfico: F. Inteiro, G. Silva