Espiral de Ervas Aromáticas

Escola Secundária da Moita (Moita)

Desafio: "Espiral de Ervas Aromáticas"

Esboço/croqui da Espiral:

Descrição das vantagens da construção de uma espiral:
• Delimita o crescimento das ervas;
• Otimiza a eficiência da água;
• Esteticamente agradável;
• Ideal para quem não dispõe de grandes espaços para cultivar;
• Melhora a variedade de ervas que você pode cultivar em casa, o que aumenta suas opções para a alimentação;
• Conveniente para quem cozinha, sendo boa ideia colocá-la perto da mesma;
• Economicamente rentável, para quem cozinha;
• Fácil de manter.

Breve descrição das plantas selecionadas e motivo do respetivo posicionamento na espiral:
Hortelã
Com vários nomes associados, a Hortelã, é uma planta herbácea perene, da família Lamiaceae. É uma planta originária da Ásia, mas é cultivada por todo o mundo, devido às essências aromáticas presentes em toda a planta, principalmente nas folhas. Tolera bem diferentes condições climáticas, desde que não falte água. Em climas frios pode perder as partes aéreas no Inverno, sobrevivendo através dos seus rizomas, que só morrem se o solo congelar completamente.
Usos
É utilizada como tempero em culinária, como aromatizante em certos produtos alimentares, ou para a extração do seu óleo essencial. É também utilizada como planta medicinal, estando inscrita nas farmacopeias de muitos países da Europa. Usado nas atonias digestivas, flatulências, dispepsias nervosas, empregado nas palpitações e tremores nervosos, vómitos, cólicas uterinas, facilita a expetoração e o chá de hortelã também é usado como calmante.
Coentros
Coentro é uma planta glabra, da família Apiaceae, de flores róseas ou alvas, pequenas e aromáticas, cujo fruto é diaquénio e cuja folha, usada como tempero ou condimento, possui um odor característico. Embora de origem incerta, sabe-se que os antigos egípcios já a utilizavam para embalsamar os corpos.
Usos
O coentro é muito utilizado na cozinha indiana e árabe. Em Portugal, é muito utilizado no Alentejo, para enriquecer pratos tais como as açordas e as tradicionais sopa de cação e carne de porco à alentejana. Os coentros são digestivos, antisséptico e calmantes. O coentro tem quatro vezes mais caroteno e três vezes mais cálcio do que a salsa.
Oréganos
O orégano ou orégão, é uma erva perene e aromática, muito utilizada como tempero na cozinha do Mediterrâneo. A influência do clima, tempo e fertilidade do solo na composição dos óleos essenciais que dão seu aroma característico é maior que a diferença entre as várias espécies.
Usos
O orégano tem alta atividade antioxidante e tem propriedades antimicrobianas contra bactérias e agentes patogénicos presentes nos alimentos, o que faz com que ajude a preservá-los. É um ingrediente insubstituível na culinária italiana, onde é utilizado em molhos de tomate, vegetais refogados, carne, e na pizza. Junto com o manjericão dá o caráter da culinária italiana. Em Portugal os oréganos são indispensáveis na confeção de caracóis.
Poejos
O poejo (Mentha pulegium), é uma das espécies mais conhecidas do género Mentha, da família Lamiaceae, é uma planta que cresce em locais húmidos ou junto de cursos fluviais. Pode chegar a medir entre 30 a 40 cm. Esta planta, é conhecida há séculos em todo o Mediterrâneo e Ásia ocidental pelas suas propriedades carminativas, relaxantes e até como emenagoga quando tomada em infusão e também aromaterapia. O óleo essencial do poejo é venenoso, sendo essencialmente perigoso para grávidas. Na cozinha, deve ser usado com moderação e evitado pelas grávidas.
Usos
Expetorante, contra a gripe, tosse crónica, calmante para o sistema nervoso, constipações, insónias, dores reumáticas, acidez do estômago, fermentação, enjoo, bronquite e asma. Em Portugal é usada para culinária, infusões e também para o fabrico de licor, principalmente no sul do país.
Erva-do-Caril
A erva-do-caril (Helychrisum italicum), pertence à família das Compostas ou Asteráceas. Várias subespécies desta planta ocorrem no Mediterrâneo, algumas das quais em Portugal, principalmente em habitats junto ao litoral, em toda a nossa costa. Pode atingir os 70 cm. Esta planta pode ser usada na cosmética, culinária, nas hortas e jardins.
Usos
Usa-se principalmente para extração do óleo essencial com propriedades antibacterianas, antifúngicas, anti-inflamatórias e cicatrizantes. Na medicina popular usam-se internamente as flores e os caules tenros, em infusão, no tratamento de: dores de estômago, febre, gripe, constipação, tosse, mau hálito, cistites e uretrites. Na indústria farmacêutica, o óleo essencial é usado em preparações dermatológicas para promover a cicatrização na psoríase e na urticária.
Salsa
A salsa (Petroselinum crispum). Nativa da região mediterrânica central (sul de Itália, Argélia e Tunísia), naturalizada em toda a Europa e amplamente cultivada como condimento ou hortaliça. O primeiro registo de uso de salsa nos alimentos foi feito pelos antigos romanos, que o consumiram da mesma maneira que nós agora comemos alface. Foi amplamente utilizada como guarnição desde o século XVIII, graças a uma crença de que poderia refrescar o hálito e neutralizar sabores fortes.
Usos
A salsa é uma planta medicinal muito utilizada no tratamento de doenças renais, como infeção urinária e pedras nos rins, e no tratamento de problemas como gases intestinais, prisão de ventre e retensão de líquidos. Tanto as suas folhas quanto as suas sementes e raízes são utilizadas para fazer remédios naturais, além de poderem ser utilizadas como tempero na culinária.
No centro da espiral ficam as plantas que precisam de muito sol e pouca água, pois é a parte mais elevada, portanto seca, como o carril (Helichrysum italicum).
Na face sul, que tomará menos sol, colocam-se as plantas mais delicadas e que desejam menos sol. Como a hortelã (tomando o cuidado de enterrar a muda com o vaso pra não deixar que se alastre), o poejo e a salsa (essa última obrigatoriamente no anel mais baixo pois precisa de mais humidade).
Na face norte/oeste, que tomará bastante sol especialmente na parte da tarde, colocam-se as plantas que também apreciam sol, mas que gostam de um pouco mais de humidade, já que agora que o centro foi ocupado, elas precisarão ficar no anel mais baixo, como o orégano.
Na face sul/leste, que tende a pegar bem o sol da manhã, mas eventualmente perder o sol da tarde, colocam-se as plantas de tolerância de sol intermediárias, como o coentro.

Materiais de construção necessários e motivo da sua escolha:
Normalmente, as espirais de ervas aromáticas são construídas tijolos ou pedras, formando uma espiral no chão, contudo, devido à deslocação do projeto para avaliação e visto que é um trabalho da Eco-escolas decidimos utilizar garrafões e garrafas, dando-lhes outra utilidade.
Os materiais necessários para este projeto são:
• Ferramentas – pá, enxada, chibanca (picareta), carrinho de mão, kit de jardinagem;
• Substrato – terra, composto, adubo, palhada (carnaúba, capim seco, folhas secas em geral);
• Plantas – mudas de espécies de seu interesse adaptadas às condições climáticas;
• Garrafões e garrafas de plástico.

Breve memória descritiva de como foi efectuado o trabalho:
O trabalho foi teórico pois foi realizado no 3º P, sem aulas presenciais.