As Nossas Hortas Bio

Edição 2019/20

Escola EB1/PE e Creche de Santa Cruz (Santa Cruz)

A Nossa Horta Bio

Horta grande (superior a 50m²)

horta em janeiro

horta em março

horta em maio

saber mais sobre a nossa horta bio

desenho/croqui da horta

questionário

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

Esta horta existe na escola há 8 anos.

2. Área aproximada da horta (m²):

144,46

3. Quem trata da horta?

3.1. N.º de professores envolvidos:

3

3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta:

Estudo do Meio, Educação para a Cidadania, Clube Amigos da Terra, Clube Conhecer a Madeira no 1º Ciclo e Conhecimento do Mundo na Pré-escolar.

3.3. N.º de alunos envolvidos:

150

3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos:

3

4. As famílias são envolvidas?

4.1. Como e com que frequência?

As famílias participam trazendo sementes, plantas, adubos naturais, provenientes dos seus animais (vaca, coelhos e galinhas) e ainda borras de café que são acrescentadas no compostor. O entusiasmo manifestado pelos alunos em relação à horta é uma motivação para que as famílias participem ativamente, ao longo do ano letivo, com maior incidência no fim do inverno/início da primavera, época de maior atividade na horta.

5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos:

A existência da horta biológica é um contributo para a comunidade escolar na medida em que funciona como um laboratório vivo, um complemento aos conteúdos ministrados em algumas áreas. É uma forma de sensibilizar a comunidade escolar e a comunidade em geral para as vantagens da prática da agricultura em modo de produção biológico, uma forma de obter alimentos mais nutritivos e saborosos, mais saudáveis por não conterem pesticidas nem adubos químicos de síntese. Além disso, é uma forma de promover práticas sustentáveis a nível ambiental. A localização da horta, mesmo à entrada da escola, permite a sua visualização por toda a comunidade que, por diversas razões, se desloca à nossa escola. Proporciona troca de informação, valorização e partilha de saberes. As ações desenvolvidas naquele espaço também podem ser acompanhadas através da colocação de fotografias e da divulgação de informações na Página e na Rede Social Facebook da escola.

6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A manutenção é feita pelas docentes responsáveis da horta com a colaboração das funcionárias (sobretudo nas interrupções letivas) e dos alunos, conforme a disponibilidade dos mesmos. Geralmente, uma vez por semana, no intervalo do almoço do turno da manhã, participam os alunos do 3.º e 4.º anos; quase diariamente, também no intervalo do almoço do turno da tarde, participam os alunos do 1.º e 2.º anos; semanalmente, à quarta-feira, no intervalo da tarde participam as crianças da Pré-Escolar. As tarefas são distribuídas conforme as necessidades e de acordo com as competências e preferências dos alunos.

7. Como é feita a preparação do solo?

A preparação do solo é feita com a ajuda de diversos utensílios agrícolas: a foice para retirar as ervas, a enxada para cavar e a tesoura de poda para eliminar os ramos secos. Este ano tivemos a colaboração da Câmara Municipal de Santa Cruz na adubação parcial da horta e no desbaste dos jacarandás que devido à sua frondosa copa dificultavam a passagem da luz solar. O adubo ou o composto é, por vezes, colocado antes das sementeiras, na preparação do solo antes da plantação das mudas ou posteriormente, durante o seu desenvolvimento, como no caso do chorume de urtiga, utilizado depois de diluído em água, para fertilização das culturas. Para algumas plantas como as cenouras, as beterrabas e os nabos são feitos “canteiros”, para outras como as semilhas, os tomateiros, o feijão e o milho usamos as “mantas” ou “regos”. Aproveitamos a palha da cana-de-açúcar para fazer o empalhamento das bananeiras, mantendo a temperatura e o solo húmido por mais tempo e diminuindo o crescimento de ervas. Também praticamos a rotação de algumas culturas, impedindo a propagação de certas pragas e permitindo um maior equilíbrio de nutrientes no solo.

8. É feita compostagem?

8.1. Se sim, como e com que materiais?

Temos um compostor onde são colocados diversos materiais, provenientes da monda da horta, folhas e restos das hortícolas, a palha da bananeira e da cana-de-açúcar, as cascas, sobretudo das bananas consumidas nas refeições, a borra do café e outros materiais que pontualmente vão surgindo. Vamos alternando os materiais secos com os verdes e acrescentando alguma água quando necessário.

9. Quais as culturas / consociações instaladas?

A nossa horta está dividida em duas partes, separadas por uma passagem que a atravessa longitudinalmente. Numa parte predominam as aromáticas e na outra as hortícolas e três jacarandás, árvores de grande porte. Temos diversas espécies de plantas aromáticas e medicinais: funcho, hortelã-pimenta e hortelã-de-leite, erva-anis, salva, erva-cidreira, canela-branca, santolina, macela, macela-de-cachopa, caninha, alfazema, menta, alecrim, manjerona, orégãos, manjericão, segurelha, tomilho-limão, salsa e coentros. Ao fundo da horta temos uma planta de framboesa e um maracujazeiro que agora começa a dar os primeiros frutos. No outro lado algumas plantas de trigo, cenoura, nabos, couve, acelgas, beterraba, espinafres, alho, alho-francês, tomateiro, cebola, alface de diversas, “semilha”, batata-doce, feijão , milho e aboboreiras. Temos bananeiras, cana-de-acúcar, dois araçazeiros e uma pitangueira. Além dos jacarandás, também temos uma amoreira, cujas folhas servem de alimento ao bicho-da-seda. Tivemos ervilheiras e neste momento ainda há algumas faveiras e tremoceiros que completam o seu desenvolvimento. Estas plantas, como leguminosas que são, contribuem para a fixação do azoto no solo, constituindo um excelente adubo verde. Em vasos temos alguns morangueiros. Consociamos cebolas com alfaces e cenouras, milho com feijão, couve com alho-francês, tomateiros com cravos-da-índia, aboboreiras com capuchinhas.

11. É feita recolha da água da chuva?

11.1. Como é feita a gestão da rega?

A rega é feita manualmente, com recurso a uma mangueira, apesar de ter um sistema automático por aspersão. Chegamos à conclusão que, mesmo gastando algum tempo, conseguimos fazer uma maior poupança de água e ter uma maior eficiência em relação às necessidades de determinadas plantas. Sempre que possível a rega é feita no início ou no final do dia.

12. Monitorização de pragas e doenças:

12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?

É feita a monitorização de pragas e doenças através da observação direta das plantas. Quase diariamente nos deslocamos à horta, não apenas com essa finalidade, mas aproveitamos para fazer essa monitorização.

12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?

Este ano os caracóis não provocaram grandes estragos na horta. No entanto, os afídeos atacaram alguns tremoceiros e faveiras. Devido ao encerramento da escola, a meados de março, não tivemos oportunidade de os combater. No entanto, algumas destas leguminosas conseguiram ultrapassar naturalmente esta situação. Neste momento temos algumas plantas com cochonilha e tencionamos aplicar uma solução aquosa de sabão de potassa.

13. Existem animais de criação ligados à horta?

13.1. Se sim, que espécies?

14. Assinale outras atividades que se realizam em torno da horta:

Feira na escola
Feira na comunidade
Confecção de sopas e outros pratos
Concursos
Aulas na horta
Outra

Outra, qual?

14.1. Das que assinalou, descreva até três que considera mais significativas, referindo para cada uma o número de vezes que se realizou durante o ano, número de pessoas envolvidas, tipo de participação dos alunos, impacto na comunidade e outros aspetos relevantes:

Atividade 1:

Descrição:

Confeção de sopas e outros pratos
Diariamente são confecionadas infusões, sobretudo de hortelã-pimenta, para consumo da comunidade escolar. Estas infusões, por vezes, parecem fazer “milagres”. Pontualmente, na época da colheita, os produtos hortícolas recolhidos são usados na confeção de sopas e saladas, nomeadamente, as ervilhas, as favas, as cebolas, acelgas, espinafres, alho-francês, batatas, beterrabas, bem como as alfaces e as cenouras. Este ano, devido ao encerramento da escola, apenas recolhemos acelgas e espinafres para juntar a outras hortícolas na confeção da sopa. Recolhemos batata-doce que, depois de lavada, descascada e cortada aos cubinhos, foi degustada por alguns alunos, tal como fazíamos nos tempos de criança. A cana-de-açúcar será apanhada no mês de junho para as crianças da Pré-escolar. Mais uma vez, será descascada e cortada aos pedacinhos para que as elas a possam chupar, saboreando o doce sumo daquela gramínea. As bananas, os araçás e os morangos quando aparecem são partilhados e saboreados pelos alunos. Nesta atividade está praticamente envolvida toda a comunidade escolar, que de uma maneira ou de outra beneficia e aprecia de um modo especial os produtos cultivados na horta. Aproveitamos sempre estas oportunidades para divulgar os benefícios da agricultura em modo de produção biológico.

Fotografias:

Atividade 2:

Descrição:

Aulas na horta
Acompanhados dos seus professores/educadores os alunos/crianças fazem algumas aulas/visitas à horta quando os temas tratados no Estudo do Meio, nos Clubes ou no Conhecimento do Mundo estão relacionados com aspetos que podem ser observados diretamente naquele espaço. Com o objetivo de dar a conhecer algumas plantas endémicas da Madeira, tais como o Massaroco, o Gerânio, a Estreleira e o Ensaião, espécies existentes na coleção de plantas da horta, os alunos do 3º e 4ºanos tiveram oportunidade de observá-las, identificar características inerentes a cada uma delas e, deste modo, ficarem a conhecer melhor estes exemplares da flora endémica madeirense, despertando-lhes o interesse e a curiosidade por este tema.

Fotografias:

Atividade 3:

Descrição:

Fotografias:

15. Outros aspetos de realce da horta:

Na horta da escola continuamos a preservar a biodiversidade. Logo à entrada temos um conjunto de plantas ornamentais que, através das suas flores, atraem insetos úteis. São elas: o “arrozinho”, o junquilho, a boca-de-jarro, a calêndula, as frésias, as hortênsias, os gladíolos, as malvas e o girassol. Também temos algumas trepadeiras na vedação da horta que, para além da beleza das suas flores, também nos oferecem perfumes singulares, como é o caso da roseira, da madressilva e da cidreira-do-brasil. Além disso, possuímos uma coleção de plantas endémicas como o gerânio, o massaroco, a estreleira e o ensaião, com o objetivo de mostrar à comunidade a importância destas espécies únicas, de modo a que estas sejam conhecidas, valorizadas e protegidas. Como temos uma amoreira, aproveitamos todos os anos para fazer a criação do bicho-da-seda que se alimenta exclusivamente com as folhas desta árvore. Deste modo, os alunos têm a oportunidade de observar o desenvolvimento desta espécie, desde o seu nascimento até à postura dos ovos pelas borboletas, passando pelas diversas metamorfoses, o que suscita enorme curiosidade nos alunos. Anualmente, por altura da Festa da Família, que se realizava na segunda quinzena de maio fazíamos um típico arraial madeirense, onde tínhamos uma barraquinha e eram divulgados e “vendidos” alguns produtos produzidos na horta. Este ano, devido pandemia do Covid 19 e consequente encerramento das escolas, todas estas atividades foram canceladas. Apesar do encerramento da escola, continuamos a fazer a manutenção da horta e aguardamos o regresso das crianças da Pré-escolar, previsto para o dia 1 de junho. Ainda terão a oportunidade de visitá-la, colher e saborear alguns produtos, nomeadamente, a cana-de-açúcar.

15.1. Link para a página da horta:

http://escolas.madeira-edu.pt/eb1pescruz/Projetos/ProgramaEcoEscolas/HortaBio/tabid/16500/Default.aspx