Em primeiro lugar pela sua dimensão. Em segundo, pelas interações que se geram, entre a escola e a comunidade educativa. Estabelecemos parcerias com a comunidade local e alargada para nos ajudarem a melhorar a horta. Depois, para além do modo de produção ser bio, é sujeita a um Regulamento de Utilizadores. Cada talhão/parcela é explorada por utilizadores: professores, assistentes operacionais, alunos dos diferentes níveis de ensino; Clube da Horta Bio e pais. É tida como um potencial recurso educativo e a par da estufa, um laboratório vivo de aprendizagem.
Também neste ano, implementamos outras formas de modo de produção sustentável, em semi hidroponia com garrafas PET, de ervas aromáticas, construímos um jardim vertical de aromáticas, envolvendo a turma 2ºC do Centro Escolar da escola, com articulação entre a horta, Estudo do Meio e a Atividade Lúdica Expressiva - ALE. Ainda nesta turma, ao nível da educação literária, inserida no Plano Nacional de Leitura, articulou-se a obra “Bichos, bichinhos e bicharocos” com visitas à horta e ao hotel de insetos, onde foram realizados trabalhos construtivos e plásticos em ALE, para o Carnaval.
Foi realizado o levantamento da avifauna na região, pela turma 3ºB, para assinalar o Dia Internacional da Biodiversidade e do Ambiente, através do desenho de aves, breve descrição e a construção de um painel, para exposição. Esta atividade foi articulada com o Português, Estudo do Meio, ALE e a horta. Na turma 3º/4ºC foi realizada a “Casa da árvore”, para alertar para a preservação do Sobreiro e da floresta autóctone em geral. Com a técnica do amasso (jornais velhos e fita cola crepada) foi recriado, um sobreiro com cerca de 1,80m. Esta atividade contou com a articulação curricular das disciplinas de Estudo do Meio, Expressão Plástica, ALE e a horta.
Pretendemos ainda fazer protocolo com a Quercus, Núcleo de Braga, para formação em Agricultura Biológica dirigida à comunidade educativa (alunos, professores, assistentes operacionais, pais e agricultores locais).
A participação de agricultor local na mobilização do solo, com alfaias agrícolas mecanizadas, uma vez que o solo tem forte tendência para compactar e com grandes quantidades de pedra. Não se pode moldar ou mudar rapidamente o solo, de acordo com as nossas necessidades ou expectativas, pelo que é importante criar condições para o solo produzir de forma sustentável.
Em parceria com o Município, deu-se continuidade à reflorestação do Bosque das Autóctones e junto da horta, com dádiva de pequenas árvores autóctones da região.
Assinalámos o Dia da Floresta Autóctone, com a participação da turma 3ºB e do Curso Vocacional na plantação das pequenas árvores;
Colaboração das famílias para nos cederem sementes, nomeadamente o centeio para a adubação verde; replantação dos morangueiros na pequena horta, em que todos os rizomas foram cedidos por um encarregado de educação; garrafas PET e trapilho.
Fazemos a germinação das culturas em estufa, para posterior transplantação na horta e jardins;
Desenvolvemos atividades experimentais entre as disciplinas de Ciências Naturais e Físico-Química: análise física e química do solo, estudo dos fatores ambientais na sementeira, germinação e crescimento das plantas.
Pretendemos construir um galinheiro e começar a produção e preservação de raças autóctones – galinha Pedrês Portuguesa, Preta Lusitana e Amarela. Para este projeto, contámos com a colaboração da Cooperativa Agrícola do Concelho.
O apoio de uma cozinha especificamente equipada para ensinar os alunos com NEE (e outros) a confecionarem as suas refeições com os produtos da horta, tendo em vista a sua preparação para vida ativa;
Fazemos várias colheitas e utilizamos os produtos da horta na Campanha Cabaz Solidário. Participámos com as culturas da horta, principalmente ervas aromáticas, na Feira Quinhentista do concelho, em articulação com a disciplina de HGP.
Plantamos canteiros de flores e de plantas aromáticas para atrair insetos polinizadores e aumentamos a área do pomar com mais árvores frutíferas.
Preservamos a biodiversidade existente, através da manutenção das caixas ninho, do hotel para insetos, das sebes de vegetação natural e espontânea (arbóreas, arbustivas e herbáceas) nas delimitação do campo agrícola, bem como, a preservação do bosque das melíferas e das autóctones, constituindo nichos favoráveis ao desenvolvimento de animais auxiliares, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema agrícola, pelo aumento da diversidade de flora e fauna que ali vive.
Conservamos o recurso hídrico existente - ribeiro, e a vegetação ripícola existente nas margens e também, utilizamos a água para rega da horta. Enriquecemos a biodiversidade com a exploração agrícola criando e mantendo mosaicos/parcelas com produção de centeio e tremocilho que disponibilizam alimento para insetos e aves e, por fim destinam-se a adubação verde.
Cremos que a horta é um local educativo-pedagógico de toda a comunidade educativa, que tem permitido a valorização do modo de produção bio e a dignificação da profissão de agricultor; perceção de sustentabilidade, consciência ecológica, noção de comida e cozinha saudável; participação e dinamização em/de ações e palestras de sensibilização à consciência ambiental e alimentação saudável.