Escola EBI Gualdim Pais

a nossa horta bio

Horta pequena (até 50m²)

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Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

Há cerca de 5 anos.

2. Área aproximada da horta (m²)

44 metros quadrados

3. Quem trata da horta?

3.1. N.º de professores envolvidos

1

3.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta

Estudo do Meio, Educação para a cidadania e Educação Financeira

3.3. N.º de alunos envolvidos

26

3.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos

1

4. As famílias são envolvidas?

Não

4.1. Como e com que frequência?

5. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

Os alunos acompanharam todo o processo do crescimento das plantas, desde a germinação até à fase adulta, deixando alguns deles fascinados pelo facto do desenvolvimento das mesmas, de acordo com a espécie plantada, ser muito diferente. Pois para a grande maioria, possivelmente por serem alunos de um meio urbano, todo este processo correspondia a uma aquisição de novos saberes de um mundo que para eles é pouco ou nada conhecido, o mundo da flora. No caso dos alunos do 2º e 3º ano de escolaridade, e tendo em conta que a temática do Estudo do Meio aborda o conteúdo das plantas, permitiu ministrar várias aulas práticas sobre as partes constituintes das mesmas; noção de planta completa e incompleta; plantas espontâneas e plantas cultivadas; recortes e tamanhos de folhas; tipos de raiz, aproveitamento/utilidade das plantas, partes comestíveis de cada uma das plantas (raiz, caule, folhas, fruto, flor), …. Neste caso, os alunos contactaram e mexeram em plantas, o que lhes permitiu constatar que de facto as plantas, além de todas elas necessitarem de condições para o seu desenvolvimento (ar, água, luz, temperatura ambiente e solo rico em matéria orgânica e sais minerais), apresentam características diferentes.
Os alunos, principalmente os do 2º e 3º ano de escolaridade, assimilaram mais facilmente os conteúdos programáticos acerca das plantas. Todos eles aprenderam também que em espaços reduzidos, até mesmo na varanda de um apartamento, é possível construir uma pequeníssima horta biológica a custo muito reduzido, podendo esta fornecer-nos algumas plantas aromáticas e alguns alimentos para consumir em casa como alface, espinafres, rúcula,… A comunidade educativa percebeu que, apesar de não ser fácil, é possível realizar atividades e sensibilizar para a importância da Agricultura Biológica em detrimento da Agricultura Convencional/Intensiva.

6. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A manutenção da horta está ao cargo dos 26 alunos envolvidos no projeto sempre sob orientação dos dois adultos - assistente operacional e professor, explicando e corrigindo os comportamentos que os alunos devem adotar. Tirando a parte de cavar o solo, que é da responsabilidade dos adultos, os alunos são responsáveis por plantar, regar, sachar e mondar. É também da responsabilidade dos alunos realizar a colheita, preparar e acondicionar os produtos para a realização dos mercadinhos biológicos.
No que respeita à transplantação das aromáticas dos germinadores para vasos também foram os alunos que realizaram, sob vigilância e ajuda de um adulto.
Além dos alunos diretamente envolvidos e por sugestão de um dos delegados do ambiente, membro do Conselho Eco Escolas (Leandro), os alunos puderam inscrever-se este 3º período para participarem e colaborarem na Horta Biológica. Assim, e em grupos de 4 inscrições diárias, os alunos colaboram nas tarefas de manutenção da horta.

7. Como é feita a preparação do solo?

Antes da transplantação dos germinadores, no espaço interior e exterior à estufa, o solo foi cavado com enxada e revirada a terra para arejar a uma profundidade de cerca de 20/25 cm, ficando assim por um período de 3/4 dias, sendo esta tarefa realizada pelo coordenador do projeto . Depois foi colocado na terra, com o auxílio dos alunos, composto orgânico do compostor e corretivo agrícola orgânico (SIRO Agro 2 – produto utilizável em Agricultura Biológica ao abrigo do Regulamento nº 834/2007). Terminado este processo, a terra voltou a ser revirada com a enxada e depois endireitada com um ancinho, tarefa esta realizada pelos alunos com auxílio de um adulto.
No espaço mais amplo exterior à estufa, em parceria com a Artebel que nos ofereceu blocos de cimento, foram delimitadas zonas de cultivo. Os blocos foram dispostos no chão e distribuídos de modo a formar zonas de cultivo para melhor organizar o espaço. Os orifícios dos blocos foram preenchidos com terra pelos alunos e aproveitados para a plantação de agrião da horta, espinafres, morangueiros, coentros, flores ornamentais de variadas espécies e physalis.

8. É feita compostagem?

Sim

8.1. Se sim, como e com que materiais?

Os restos de fruta e cascas de legumes do bar da escola, como maça, pera, alface, cenoura, são depositados no compostor. Também a borra dos cafés são lá depositadas. Estas tarefas estão a cargo dos delegados do ambiente.
Nos dias dos mercadinhos, as folhas velhas dos vegetais que não se encontram em condições são removidas pelos alunos e colocadas no compostor, aquando da preparação dos mesmos.
Nos dias em que se confecionaram sopas, as cascas e restos dos legumes (cascas de cenouras, curgetes, caules da couve, caules dos espinafres,...) que não foram utilizados nas mesmas, foram depositados no compostor.

9. Quais as culturas / consociações instaladas?

As culturas instaladas são: no exterior, os orifícios dos blocos foram aproveitados para a plantação de agrião da horta, espinafres, morangueiros, coentros, flores ornamentais de variadas espécies e physalis. Nas zonas de cultivo delimitadas por estes foram plantadas curgetes e alho francês (zona 1), cebolas, couves e tomateiros (zona 2), abóbora (zona 3), feijão trepador (zona 4), favas (1ª fase) e após a colheita destas foram plantados pepineiros e alfaces, e semeadas nabiças de sopa (zona 5). No interior da estufa, temos cultivados aipo, alfaces, feijão verde rasteiro, espinafres, pepinos e tomates do lado esquerdo (zona 6) e aromáticas - coentros, salsa, hortelã, hortelã-menta e poejos - alfaces e rúcula do lado direito (zona 7).

11. É feita recolha da água da chuva?

Sim

11.1. Como é feita a gestão da rega?

A rega é feita, sempre que possível, com água das chuvas no período inicial. Quando esta se esgota temos que recorrer à água da rede. Assim sendo, por forma a economizar água, a rega é feita no final do dia, mas preferencialmente pela manhã, quando o solo se encontra mais fresco, levando a que a rega seja mais produtiva e economizadora, pois o solo encontra-se mais fresco, havendo maior absorção por parte do solo e menor evaporação para a atmosfera. A rega é feita preferencialmente pelos alunos, no período do intervalo da manhã.

12. Monitorização de pragas e doenças

12.1. É feita monitorização de pragas e doenças? Como e com que frequência?

Sim é feita essa monitorização, mas felizmente, até ao momento não temos pragas e doenças.

12.2. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Não

12.3. Se sim, quais e como foram combatidas?

13. Existem animais de criação ligados à horta?

Não

13.1. Se sim, que espécies?

14. Refira outras atividades que se realizam em torno da horta

Quando as nossas plantas/vegetais atingiram o auge do crescimento foram então aproveitadas para as suas diversas utilidades. Com base no princípio da alimentação saudável, no bar da escola foram utilizadas alfaces, para complementarem a confeção de sandes/baguetes de atum, de paté de delícias do mar, de omelete de ovo, de lombo e hambúrguer de peru pelas nossas assistentes operacionais Maria Lopes e Cidália Ramalho.
Com as couves repolho e espinafres, em semanas diferentes, foram cozinhadas sopas. Numa primeira fase foi confecionada sopa de couve repolho que contou com a colaboração/participação dos delegados do ambiente do 1º ciclo para a colheita da couve repolho na estufa e descascar os legumes para a sopa, juntamente com os alunos das Unidades de Ensino Estruturado para Autismo 1 e 2. Colaboraram também as docentes Marília Frias, Inês Costa, Ana Nogueira, as assistentes operacionais Rita Leitão e Cândida Neves, sendo todo o processo de confeção da sopa orientado pela professora Cláudia Maricato. Na segunda fase foi confecionada sopa de espinafres, seguindo os mesmos moldes da anterior. Os restos resultantes do arranjo dos legumes/vegetais na confeção da sopa foram colocados no compostor da escola. As sopas cozinhadas foram vendidas à hora de almoço, na sala de refeições, aos técnicos de educação (assistentes operacionais, docentes, terapeutas, assistentes administrativos,…)
Foram também realizados os mercadinhos com os legumes/vegetais produzidos na nossa horta biológica. Os alunos colaboraram na colheita/apanha dos mesmos que depois de devidamente arranjados e organizados eram colocados à venda no átrio da escola. Estes legumes/vegetais são adquiridos por alunos, técnicos de educação (professores, assistentes administrativos, assistentes operacionais, terapeutas, psicólogos, ...) e pais/encarregados de educação.
Atualmente, os alunos têm estado a transplantar as ervas aromáticas dos germinadores reciclados, por eles construídos, para pequenos vasos. Estes vasos de ervas aromáticas irão ser colocados à venda na festa final de encerramento do ano letivo à comunidade educativa, numa barraquinha de madeira fornecida pela Câmara Municipal de Pombal. Além disso, também irão ser vendidos legumes como alfaces, pepinos, rúcula, cebolas, curgetes, nabiças, feijão-verde, tomates, espinafres, …

15. Outros aspetos de realce da horta

A horta biológica conseguiu mobilizar e incentivar, além dos alunos, assistente operacional e professor diretamente envolvidos neste projeto, outros alunos da escola com vontade de querer aprender, colaborar e ver o que na nossa horta se produz e desenvolve. Levou, por solicitação de um delegado do ambiente, a que fosse criada uma folha de inscrições para colaborar nas tarefas da nossa horta biológica (mondar, sachar, regar, colher/apanhar, ...), pois, infelizmente, é de todo impossível conseguir envolver de forma mais direta 160 alunos do 1º ciclo.

15.1. Link para a página da horta

 

Publicado por: Escola EBI Gualdim Pais

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Professor coordenador da horta: Luís Miguel da Costa Caetano