Escolas EB 2ª e 3ª ciclos Roque Gameiro

a nossa horta bio

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Desenho/croqui da horta

1. Há quanto tempo existe uma horta na escola?

Existe há 8 anos.

2. Área aproximada da horta (m²)

Tem uma área de 38,52 metros quadrados, sem contar com alguns espaços nas encostas que são cultivados esporadicamente devido ao difícil acesso.

3. Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

Como a escola se localiza numa área muito urbanizada, a maior parte dos alunos nunca contactou com a atividade agrícola.
A alimentação dos nossos jovens é pouco saudável, baseada em produtos vindos da agricultura de mercado, feita em moldes pouco sustentáveis e cujos alimentos chegam ao consumidor com resíduos de produtos químicos, comprovadamente nocivos para a saúde.
Os objetivos que se pretendem atingir com a criação da Horta Biológica passam por fornecer aos alunos conhecimentos sobre os modos de produção biológica e o seu contributo para uma alimentação saudável.
Desenvolve também o espírito de pertença a uma comunidade, de entreajuda, de solidariedade e de civismo. Tudo isto é conseguido de forma lúdica, tornando-se as atividades na horta um dos momentos preferidos pelos alunos.

4. Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

O espaço da horta já se tornou um ex-libris da escola, com direito a visita guiada para os encarregados de educação no início do ano letivo.
A parte estética também não é descurada. As placas identificadoras das plantas e os vários sistemas utilizados para afastar as pombas, dão um colorido especial à horta.

5. Quem trata da horta?

  • 5.1. N.º de professores envolvidos: 4
  • 5.2. Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Geografia, Ed. Visual Ed. Física e Ciências Naturais.
  • 5.3. N.º de alunos envolvidos: 116
  • 5.4. N.º de funcionários da Escola envolvidos: 3
  • 5.5. N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 10

6. Como são envolvidas as famílias?

Têm oferecido sementes e plantas. Quando temos de encontrar alternativas aos pesticidas para controlar as pragas, os alunos levam a questão para pôr à família e têm chegado boas soluções, principalmente dadas pelos avós.
A produção da horta, em anos anteriores, era dada a uma instituição de solidariedade que confecionava refeições para idosos, mas como se percebeu que também tínhamos alunos de famílias carenciadas passou a dar-se preferencialmente a estas famílias.

7. Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

7.1. Apresentar exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

Os alunos melhoraram os resultados escolares nos conteúdos curriculares relacionados com esta atividade, nomeadamente no tema Atividades Económicas, subtema Agricultura, lecionado na disciplina de Geografia do 3º ciclo.
Os alunos do Ensino Especial – CEI, desenvolveram e demonstraram competências que os valorizaram, contribuindo assim para melhorar a sua auto estima. O gosto por esta atividade levou-os a ocuparem o seu tempo na horta, muito atém do que estava estipulado nos seus horários.
A comunidade educativa em geral, acarinha este projeto, aproveitando o espaço da horta como um local aprazível de convívio onde, por exemplo os professores, descomprimem durante os intervalos das aulas.

7.2. Anexos

8. Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A horta é cultivada pelos alunos durante as horas do clube de Educação Ambiental / Eco-Escolas, para os alunos CEI nas horas marcadas no seu horário e sempre que necessário, em horas extra, normalmente depois das aulas, por exemplo para regar ao fim do dia.

9. Como é feita a preparação do solo?

No início do ano letivo e antes das sementeiras da Primavera, pede-se composto à Valorsul, que tem no município uma estação de valorização de resíduos orgânicos e para a qual a escola contribui com os restos de comida da cantina, ou seja, é troca por troca. Os funcionários preparam o solo, visto ser trabalho muito pesado para os alunos.

10. É feita compostagem?

Sim

10.1. Se sim, como e com que materiais?

Temos dois compostores mas onde são colocados maioritariamente resíduos verdes (relva, folhas, restos da horta…). Desistiu-se de convencer os alunos a trazer de casa os resíduos de alimentos. Além dos imensos sacos de plástico onde trazem este resíduo também a propagação de mosquitos não ajuda à concretização da atividade. Mesmo assim os compostores estão em funcionamento embora os resultados fiquem aquém do desejado.

11. Quais as culturas / consociações instaladas?

Alfaces de várias qualidades junto dos alhos e cebolas, diferentes variedades de couves, espinafres, tomates, pimentos, malaguetas, várias aromáticas à volta da horta, tais como tomilho, poejo, coentros, manjericão, salsa, hortelã, cebolinho, cidreira, planta do caril, orégãos…
Á volta do troco da nespereira temos 3 pés de maracujá (que estão lindos e carregados de flores e frutos) e à volta da nogueira fizemos já duas tentativas de colocar chuchu, mas não tem resultado. Para atrair insetos polinizadores temos capuchinhas e alecrim a ladear a horta.
Algumas aromáticas, rabanetes e tomate cereja foram cultivados em 5 floreiras que estavam abandonadas e foram recuperadas para se juntarem à horta.
Fez-se uma tentativa de construir uma horta vertical com garrafas de plástico, onde semearam salsa e rúcula, mas a parte “técnica” não resultou muito bem. No próximo ano tentaremos de novo.

13. Como é feita a gestão da rega?

A rega é feita no fim das aulas pelos alunos (18.30 h) e quando é necessário, também de manhã cedo pela funcionária. O aproveitamento da água da chuva é feito em moldes muito rudimentares, para vasilhas que se colocam por baixo dos pontos de confluência da água que escorre dos telhados. Mas esta tem de ser utilizada rapidamente para não criar maus cheiros, visto não ser filtrada. Logo que seja possível tentaremos adquirir um sistema mais eficiente.

14. Houve ataques de pragas e/ou doenças?

Sim, as pragas têm sido um problema, mas ao mesmo tempo um ótimo objeto de estudo.
Os chuchus também foram atacados por uma doença, as folhas mais novas começam a ficar todas enrugadas e não floresce. Esta situação já se repetiu duas vezes.

14.1. Se sim, quais e como foi feita a sua monitorização?

Têm sido experimentadas várias técnicas, nem todas têm resultado.
Por exemplo a farinha nas couves para afastar as lagartas parecia estar a resultar se não fosse a chuva estragar a experiência!
Resultou muito bem para o pulgão, pulverizar com chorume de urtigas e a solução de sabão azul diluído em água.
Como a horta fica no pátio interior de um pavilhão, é difícil atrair espécies predadoras das pragas. Plantaram-se algumas espécies que atraiam por exemplo as joaninhas.
Em relação à doença nos chuchus, foi feita pesquisa na net pelos alunos mas não se chegou a uma solução do problema.

15. Existem animais de criação ligados à horta?

Não

15.1. Se sim, que espécies?

16. Outras atividades em torno da horta

16.1. Refira outras atividades se realizam em torno da horta

Juntamente com a produção da horta, temos na escola algumas árvores de fruto, principalmente laranjeiras e abacateiro. Sempre que a quantidade o justifica os alunos fazem uma pequena feira dentro da escola. O lucro desta feira tem de ter um fim solidário.
Este ano como se trabalhou o tema “Alimentação saudável e Sustentável” fizeram-se vários ateliês de esculturas em fruta e de sumos naturais. Claro que a produção da escola dominou. Todos os alunos puderam comer frutas que eram “obras de arte” e beber sumos naturais sem se queixarem por não ter açúcar!
No Dia do Agrupamento (um dia sem aulas e aberto à comunidade) são convidados produtores de agricultura biológica, devidamente certificados, para fazerem uma pequena Feira de Agricultura Biológica.

16.2. Anexos

 

Publicado por: Escolas EB 2ª e 3ª ciclos Roque Gameiro

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Professor coordenador da horta: Marta de Jesus Marques de Albuquerque