Escola S/3 Afonso Lopes Vieira

a nossa horta bio

Horta grande (superior a 10m²)

 
  • Preparação do terreno junto ao bloco C1:
Durante a fresagem.Preparação do terreno junto ao bloco C1: Durante a fresagem.
  • Germinação de sementes de plantas aromáticas.Germinação de sementes de plantas aromáticas.
  • Horta dinamizada pelos alunos e professores da Educação Especial.Horta dinamizada pelos alunos e professores da Educação Especial.
  • Preparação do terreno junto ao bloco C1:
Antes e depois da fresagem.Preparação do terreno junto ao bloco C1: Antes e depois da fresagem.
  • Transplantação de mudas de couves entre talhoes.Transplantação de mudas de couves entre talhoes.
  • Talhões junto ao bloco C1.Talhões junto ao bloco C1.
  • Preparação do terreno com composto e sementeira de ervilhas e cenouras.Preparação do terreno com composto e sementeira de ervilhas e cenouras.
A nossa horta foi assim em fevereiro

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Desenho/croqui da horta

Há quanto tempo existe uma horta na escola?

8

Área aproximada da horta

160m2

Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

Objetivos a desenvolver:
Aprender a fazer agricultura biológica;
Aprender a fazer compostagem;
Colher produtos para venda para o projeto social;
Utilizar produtos na confeção de alimentos em diversas atividades e na cantina em alturas especiais;
Desenvolver atividades com alunos de necessidades educativas especiais;
Cultivar espaços verdes "abandonados";
Desenvolver espírito comunitário;
Investigar o funcionamento do ecossistema horta;
Promover a interdisciplinaridade;
Dinamizar os espaços escolares.

Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

A horta biológica da ESALV está organizada em talhões que são anualmente postos a concurso a toda a comunidade escolar. Os interessados têm que se inscrever e comprometer-se a trabalhar nos moldes da agricultura biológica, nomeadamente a utilização de consociações, quer entre culturas, quer com plantas aromáticas e o recurso a plantas companheiras e a plantas insetífugas/inseticidas na gestão de pragas e doenças. Podem usufruir dos produtos hortícolas, mas quando se fazem “mini-mercados” têm que contribuir com alguns produtos que são vendidos à comunidade escolar e que revertem a favor do Projeto Social da Escola.
Há dias especiais, como o dia Mundial da Alimentação. Há também uma estreita colaboração e uma partilha de saberes entre os "arrendatário" dos talhões, ou seja, entre alunos, funcionários e professores de diferentes grupos disciplinares.
Este ano, tivemos ovos a chocar e deles nasceram oito pintinhos.

Quem trata da horta?

  • N.º de professores envolvidos: 9
  • Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Área de Integração, Português, Ciências Naturais, Biologia, Comércio, Fotografia
  • N.º de alunos envolvidos: 30
  • N.º de funcionários da Escola envolvidos: 2
  • N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 2

Como são envolvidas as famílias?

Colaboram na dádiva de sementes, quando não são suficientes as do ano anterior. Fornecem algumas plantas. Há um elemento da comunidade de ajuda a arranjar canas para servirem de guia das plantas.
Um avô arranja estrume de coelho manso para servir de repelente aos coelhos-bravos.
Dão conselhos sobre a forma de cultivar, cuidar e até de plantar e apanhar os produtos hortícolas.
Colaboram também na rega, ao final do dia.

Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

É costume, pelo menos uma vez por ano, convidar-se uma turma do 1º ciclo a visitar a horta, a fazer jogos de identificação das plantas, recorrendo a todos os sentidos. Este ano, para além disto, aprenderam a usar plantas aromáticas na alimentação.
A horta colabora no Projeto Social da escola e é um local de referência para quem nos visita.
Os alunos respeitam o espaço e gostam de colher alguns morangos ou frutos de árvores como figueiras, damasqueiro,amendoeiras e nogueiras tendo sempre o cuidado de não danificar o lugar.
Este ano e, apesar de ser difícil conseguir a participação dos alunos mais velhos, temos alunos do ensino secundário a participar, de forma ativa, na horta, através de um talhão ao seu encargo.

Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

A horta está organizada em talhões. Após a atribuição dos talhões, no início do ano, é feita uma sessão de informação/formação aos detentores destes. Posteriormente, os responsáveis preparam o solo recorrendo a alfaias manuais disponibilizadas pela escola e utilizam o composto produzido pela escola.
Por vezes, quando se justifica, a terra é fresada com o apoio de um funcionário, de um professor ou de alunos mais velhos. As tarefas são da responsabilidade do detentor de cada talhão, havendo uma escala de responsáveis para fazer a compostagem e para a rega ser feita a horas de menos calor, para evitar a evaporação da água. O grupo Eco-Escolas possui também um talhão, não sujeito a concurso, e preocupa-se em guardar sementes, dos anos anteriores, para depois fornecer algumas plantas aos participantes no trabalho. Há um professor do programa Eco-Escolas que fica responsável por resolver ou encaminhar os problemas que por ventura se criem para serem selecionados e há reuniões pontuais para acertar trabalhos. Existe ainda um aluno que está a fazer a integração na vida ativa no âmbito da agricultura e que auxilia na manutenção de alguns talhões.

Como é feita a preparação do solo?

Em Setembro, antes da atribuição dos talhões, enquanto decorria o concurso, o terreno foi fresado por um professor e por alunos do ensino vocacional, com a finalidade de descompactar o solo e para enterrar alguns restos de plantas da cultura anterior e ervas que cresceram na horta durante as férias.
O composto produzido na escola foi distribuído nos talhões pelos elementos da horta e alguns alunos voluntários. O composto produzido na escola é ainda utilizado conforme as necessidades das culturas, em cada talhão ao longo do ano, principalmente no terreno de horta acrescentado no ano anterior que ainda está muito pobre. Os detentores de cada talhão são responsáveis pela preparação específica do solo quando fazem as culturas. Por vezes utiliza-se plástico preto para inibir o crescimento de ervas daninhas e proteger o solo, durante o inverno, da lixiviação de nutrientes e garrafões de plástico para proteger as culturas dos caracóis e dos coelhos selvagens.

É feita compostagem?

Sim

Se sim, como e com que materiais?

Existem 2 compostores em madeira e 6 compostores em plástico cedidos pela empresa ValorLis.
Os materiais são resíduos orgânicos da cantina, de origem vegetal, resultantes da preparação das refeições, cascas de fruta separadas pelos alunos e funcionários no final da refeição, resíduos do jardim recolhidos pelos funcionários da CERCILEI, folhas secas apanhadas no outono nos espaços escolares. A relva é deixada a decompor em sacos de plástico pretos e depois transferida para os compostores. Em cada dia da semana há professores e alunos responsáveis por encaminhar os resíduos da cantina para o centro de compostagem, acrescentá-los ao compostor e adicionar secos guardados para esse fim no outono.

Quais as culturas / consociações instaladas?

Culturas: alfaces, couves (Galega, coração, penca, brócolos, lombarda), ervilheiras, faveiras, pepineiros, pimenteiros, salsa, coentros, rúcula, morangueiros, curgetes, feijoeiros, aboboreira, espinafre, batateiras, cenouras, beringela, alho, cebola, nabiças, milho, alho-francês. Não se respeita muito as consociações estipuladas pela bibliografia, porque as culturas são arrancadas e substituídas por outras conforme o espaço existente. Contudo verificam-se as seguintes consociações: couve+ tomilho; ervilha+alho; alface+cebola; alface+alho; fava+cebola; milho+feijoeiro. Verifica-se a mistura de diversas culturas. Existem também várias plantas aromáticas num canteiro central da horta dos talhões a concurso onde são cultivadas plantas aromáticas, bem como em locais estratégicos das culturas. As plantas aromáticas/auxiliares/medicinais cultivadas são: alecrim, alfazema, calêndula, cravo-túnico, arruda, pelargónio, absinto, hipericão-do-gerês, caril, lípia-alba, salva, erva-príncipe, hortelã, vários tipos de menta entre as quais poejo, incenso, rosmaninho, santolina e erva-cidreira, tomilho, lúcia-lima, calêndula e gerânio. Temos ainda cebolinho.

Como é feita a gestão da rega?

Existem dois pontos de água. No início do ano há uma sessão de esclarecimento sobre a rega.
Esta é feita pela manhã ou ao fim da tarde para minimizar as perdas de água por evaporação. Existe um sistema rotativo de responsáveis pelos talhões para o fazer. Pena é depender da água da companhia (com cloro) para fazer a rega.

Como é feita a monitorização e controlo de pragas e doenças?

É feita prevenção de fungos com infusão de cavalinha que os professores responsáveis pelo projeto confecionam e distribuem pelos responsáveis dos talhões para a aplicarem todos ao mesmo tempo. Também se faz prevenção de insetos com infusão de absinto seguindo as mesmas normas que as aplicadas nos fungos. Solução de sabão potassa também tem sido utilizada essencialmente nos pulgões das faveiras e feijoeiros e mais concentrada nos ninhos de formigas.
Existem plantas auxiliares espalhadas pela horta, aromáticas ou não (alecrim, rosmaninho, alfazema, ...), que atraem insetos auxiliares. Utilizam-se plantas aromáticas que, pelo aroma libertado, funciona como repelente de insetos e pragas: calêndula, erva-príncipe, cidreira, lúcia-lima, salsa, hortelãs, santolina, ...). Existe um canteiro de aromáticas no centro da horta.
Algumas vezes, quanto se deteta alguma erva daninha preferida pelas pragas, como as malvas, deixa-se coexistir com as culturas.
Cultivam-se algumas plantas de flores como a Calêndula e cravo túnico, espalhadas pela horta.
Para o combate aos caracóis, opta-se pela eliminação manual dispondo os cadáveres à volta da horta e pela colocação de obstáculos.
Outro problema é a defesa dos coelhos que atacam algumas plantas jovens (couves, cenouras, etc). Tem-se utilizado rede nos sítios por onde eles mais entram, colocam-se garrafões de plástico à volta de cada planta e também se tem utilizado sacos com estrume de coelho, furados, em locais estratégicos.
Alguns tomateiros têm mostrado folhas enroladas que parecem ter a ver com vírus. Tem-se conseguido travar a doença matando os insetos (vetores transportadores) com infusão de absinto e solução de sabão potassa.
A gestão das ervas daninhas faz-se, essencialmente, por monda manual.

Existem animais ligados à horta?

Sim

Se sim, que espécies?

Pintainho, que fizemos chocar na escola.

Refira outras atividades que se realizam em torno da horta

Quando se fazem “mini-mercados” de produtos biológicos, os detentores dos talhões contribuem com alguns produtos que são vendidos à comunidade escolar. Parte do dinheiro reverte a favor do Projeto Social da Escola e outra parte é utilizado para auto sustentabilidade monetária da horta, como reparações de mangueira, de torneiras e compra de alfaias agrícolas.
Na altura de “fartura de produtos“ fornece-se a cantina com alface para uma salada biológica ou legumes para uma sopa sendo divulgada essa informação.
No final do ano elege-se a melhor horta (Concurso Horta Bio na ESALV) de acordo com regulamento feito para o concurso e entrega-se um diploma no dia Eco-ESALV e um pequeno prémio aos vencedores.
Fazem-se sessões práticas sobre a utilização das plantas aromáticas na alimentação (confeção de pão, gomas aromáticas, infusões, estímulo ao uso de plantas aromáticas frescas como tempero) quer para alunos de diferentes níveis de ensino.

 

Publicado por: Escola S/3 Afonso Lopes Vieira

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Professor coordenador da horta: Ana Isabel Simões Rola