Se sim, como e com que materiais?
Existem 2 compostores em madeira e 6 compostores em plástico cedidos pela empresa ValorLis.
Os materiais são resíduos orgânicos da cantina, de origem vegetal, resultantes da preparação das refeições, cascas de fruta separadas pelos alunos e funcionários no final da refeição, resíduos do jardim recolhidos pelos funcionários da CERCILEI, folhas secas apanhadas no outono nos espaços escolares. A relva é deixada a decompor em sacos de plástico pretos e depois transferida para os compostores. Em cada dia da semana há professores e alunos responsáveis por encaminhar os resíduos da cantina para o centro de compostagem, acrescentá-los ao compostor e adicionar secos guardados para esse fim no outono.
Quais as culturas / consociações instaladas?
Culturas: alfaces, couves (Galega, coração, penca, brócolos, lombarda), ervilheiras, faveiras, pepineiros, pimenteiros, salsa, coentros, rúcula, morangueiros, curgetes, feijoeiros, aboboreira, espinafre, batateiras, cenouras, beringela, alho, cebola, nabiças, milho, alho-francês. Não se respeita muito as consociações estipuladas pela bibliografia, porque as culturas são arrancadas e substituídas por outras conforme o espaço existente. Contudo verificam-se as seguintes consociações: couve+ tomilho; ervilha+alho; alface+cebola; alface+alho; fava+cebola; milho+feijoeiro. Verifica-se a mistura de diversas culturas. Existem também várias plantas aromáticas num canteiro central da horta dos talhões a concurso onde são cultivadas plantas aromáticas, bem como em locais estratégicos das culturas. As plantas aromáticas/auxiliares/medicinais cultivadas são: alecrim, alfazema, calêndula, cravo-túnico, arruda, pelargónio, absinto, hipericão-do-gerês, caril, lípia-alba, salva, erva-príncipe, hortelã, vários tipos de menta entre as quais poejo, incenso, rosmaninho, santolina e erva-cidreira, tomilho, lúcia-lima, calêndula e gerânio. Temos ainda cebolinho.
Como é feita a gestão da rega?
Existem dois pontos de água. No início do ano há uma sessão de esclarecimento sobre a rega.
Esta é feita pela manhã ou ao fim da tarde para minimizar as perdas de água por evaporação. Existe um sistema rotativo de responsáveis pelos talhões para o fazer. Pena é depender da água da companhia (com cloro) para fazer a rega.
Como é feita a monitorização e controlo de pragas e doenças?
É feita prevenção de fungos com infusão de cavalinha que os professores responsáveis pelo projeto confecionam e distribuem pelos responsáveis dos talhões para a aplicarem todos ao mesmo tempo. Também se faz prevenção de insetos com infusão de absinto seguindo as mesmas normas que as aplicadas nos fungos. Solução de sabão potassa também tem sido utilizada essencialmente nos pulgões das faveiras e feijoeiros e mais concentrada nos ninhos de formigas.
Existem plantas auxiliares espalhadas pela horta, aromáticas ou não (alecrim, rosmaninho, alfazema, ...), que atraem insetos auxiliares. Utilizam-se plantas aromáticas que, pelo aroma libertado, funciona como repelente de insetos e pragas: calêndula, erva-príncipe, cidreira, lúcia-lima, salsa, hortelãs, santolina, ...). Existe um canteiro de aromáticas no centro da horta.
Algumas vezes, quanto se deteta alguma erva daninha preferida pelas pragas, como as malvas, deixa-se coexistir com as culturas.
Cultivam-se algumas plantas de flores como a Calêndula e cravo túnico, espalhadas pela horta.
Para o combate aos caracóis, opta-se pela eliminação manual dispondo os cadáveres à volta da horta e pela colocação de obstáculos.
Outro problema é a defesa dos coelhos que atacam algumas plantas jovens (couves, cenouras, etc). Tem-se utilizado rede nos sítios por onde eles mais entram, colocam-se garrafões de plástico à volta de cada planta e também se tem utilizado sacos com estrume de coelho, furados, em locais estratégicos.
Alguns tomateiros têm mostrado folhas enroladas que parecem ter a ver com vírus. Tem-se conseguido travar a doença matando os insetos (vetores transportadores) com infusão de absinto e solução de sabão potassa.
A gestão das ervas daninhas faz-se, essencialmente, por monda manual.
Se sim, que espécies?
Pintainho, que fizemos chocar na escola.
Refira outras atividades que se realizam em torno da horta
Quando se fazem “mini-mercados” de produtos biológicos, os detentores dos talhões contribuem com alguns produtos que são vendidos à comunidade escolar. Parte do dinheiro reverte a favor do Projeto Social da Escola e outra parte é utilizado para auto sustentabilidade monetária da horta, como reparações de mangueira, de torneiras e compra de alfaias agrícolas.
Na altura de “fartura de produtos“ fornece-se a cantina com alface para uma salada biológica ou legumes para uma sopa sendo divulgada essa informação.
No final do ano elege-se a melhor horta (Concurso Horta Bio na ESALV) de acordo com regulamento feito para o concurso e entrega-se um diploma no dia Eco-ESALV e um pequeno prémio aos vencedores.
Fazem-se sessões práticas sobre a utilização das plantas aromáticas na alimentação (confeção de pão, gomas aromáticas, infusões, estímulo ao uso de plantas aromáticas frescas como tempero) quer para alunos de diferentes níveis de ensino.