Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais

a nossa horta bio

Horta grande (superior a 10m²)

 
  • O tempo passou e a matéria orgânica transformou.O tempo passou e a matéria orgânica transformou.
  • Antes de plantar, a horta temos que fertilizar!Antes de plantar, a horta temos que fertilizar!
  • A = C X L , então 10m X 2m = 20m2 !A = C X L , então 10m X 2m = 20m2 !
  • Para mais tarde plantar, primeiro é preciso semear!Para mais tarde plantar, primeiro é preciso semear!
  • Mas que belo equipamento! Assim até dá gosto preparar a nossa horta.Mas que belo equipamento! Assim até dá gosto preparar a nossa horta.
  • Olha! As sementinhas germinaram e já têm folhinhas!Olha! As sementinhas germinaram e já têm folhinhas!
A nossa horta foi assim em fevereiro

Horta vertical

 
  • E da árvore de Natal nascerá a horta vertical...E da árvore de Natal nascerá a horta vertical...
  • Estas tampinhas ainda vos vão espantar...Estas tampinhas ainda vos vão espantar...
  • As flores artificiais darão lugar a flores naturais.As flores artificiais darão lugar a flores naturais.
  • Ao levarmos o plástico a reciclar, a Terra iremos preservar!Ao levarmos o plástico a reciclar, a Terra iremos preservar!
A nossa horta foi assim em fevereiro

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Desenho/croqui da horta

Há quanto tempo existe uma horta na escola?

A horta grande existe há cerca de cinco anos. Até à data, nunca tinha existido uma horta vertical na escola.

Área aproximada da horta

A horta grande tem aproximadamente 20m2 e a horta vertical foi construída a partir de uma estrutura cónica existente com 6,7m2.

Quais as motivações e objetivos na base da criação da horta?

Só este ano se decidiu promover a horta grande como um modelo mais consistente de sustentabilidade, seguindo, o mais possível, os princípios da Agricultura Biológica e envolvendo, de forma mais efetiva, a comunidade educativa e como nunca existiu uma horta vertical na escola, decidiu-se, por isso, que seria o momento oportuno para dar destaque à aplicação de soluções que permitam um salto qualitativo face à experiência já existente da horta horizontal. Considera-se que produzir alimentos saudáveis é promover a saúde do Homem, de forma indissociável da saúde dos ecossistemas, animais e plantas. Assim, a horta inserida no ambiente escolar pode ser um laboratório vivo inter, multi e transdisciplinar que possibilita o desenvolvimento de diversas atividades pedagógicas em educação ambiental e alimentar, unindo teoria e prática de forma contextualizada, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e estreitando relações, através da promoção do trabalho coletivo e cooperativo entre os agentes sociais envolvidos. Pretende-se que os jovens adquiram conhecimentos, aprendizagens e experiências que venham a condicionar positivamente a sua vida profissional e pessoal e que possam contribuir para que se transformem em cidadãos saudáveis, multiplicadores de bons hábitos alimentares. Este projeto tem procurado, ainda, privilegiar a metodologia learning by doing, porque se acredita que a articulação de saberes e as experiências práticas que se apoiam no saber-fazer - tocando, provando, cheirando e descobrindo como se cultivam e cuidam as plantas da horta -, e valorizando a autossuficiência, a iniciativa e a criação de redes de partilha de conhecimentos, verdadeiramente estimulam o conhecimento e redefinem o conceito de qualidade de vida, muito em especial para os alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Que aspetos denotam a originalidade deste projeto?

Na horta horizontal, a originalidade deste projeto reside no modo como o espaço de cultivo se organiza, em formas geométricas que acentuam a construção da letra E, de Eco e Escola, pelas consociações a instaladas (legumes, frutos vermelhos e flores), promovendo os seus efeitos benéficos a vários níveis e a biodiversidade, e pela construção de abrigos de pedras, por exemplo para insetos (dermapteros, coleópteros, isopodes, quilópodes…), que são auxiliares da agricultura por constituírem um recurso natural gratuito e renovável, presente em todas as culturas e de valor e ação elevados na limitação e controlo das pragas do solo. Ainda, a construção de uma sebe viva de frutos silvestres e outra de feijões, a partir da utilização de madeira (em dois dos quatro lados da horta), destaca-se pela integração deste recurso local, ao mesmo tempo que tem a função de proteção da horta horizontal, devido à sua localização perto de um campo de jogos.
Relativamente à horta vertical, considera-se que a reutilização de uma árvore de Natal construída na escola, que foi convertida num “bio-garden” vertical de ervas aromáticas e flores comestíveis, é, por si só, original. Pretendeu-se, contudo, ir mais além, dando-lhe um caráter amovível, e portanto mais versátil, pela aplicação de uma base com rodas, o que permite o transporte para diversos locais da escola. A consociação de culturas a promover foi instalada em recipientes, recorrendo a recursos locais como o barro e pequenos troncos de madeira escavados (já anteriormente usados numa construção artística), que foram distribuídos uniformemente pela árvore, assumindo-se como decorações vivas.

Quem trata da horta?

  • N.º de professores envolvidos: 6
  • Disciplinas que mais participam na dinâmica da horta: Hortofloricultura, Autonomia Pessoal e Social (cozinha, alimentação, higiene, atividades da vida diária), Matemática Funcional, Português Funcional, TIC e CN, definidas nos CEI e PIT dos alunos com Necessidades Educativas Especiais.
  • N.º de alunos envolvidos: 13 (diretamente)
  • N.º de funcionários da Escola envolvidos: 6
  • N.º de pais ou outros familiares envolvidos: 13 famílias dos alunos diretamente envolvidos, e outras, dependendo da adesão da restante comunidade.

Como são envolvidas as famílias?

Promoveu-se o envolvimento das famílias, solicitando o seu contributo através da entrega de sementes e plantas.

Exemplos do impacto da horta na comunidade e nos alunos

Tanto a horta grande como a horta vertical têm-se assumido como espaços práticos de educação ambiental, pois permitem aos alunos diretamente envolvidos, numa primeira etapa, aprender e aplicar em contexto real os princípios da Agricultura Biológica e da sustentabilidade e, numa segunda fase, transpor os conhecimentos adquiridos e as capacidades desenvolvidas para o meio familiar e profissional. Outros alunos têm tido a possibilidade de ter aulas de campo, de observar e ajudar na manutenção das hortas, durante os seus tempos livres na escola. Tem-se conseguido, ainda, sensibilizar a restante comunidade para a produção de alimentos saudáveis e de elevada qualidade, através da implementação de práticas sustentáveis e de impacto positivo no ecossistema agrícola.

Como é organizada a manutenção da horta e a repartição de tarefas?

Os alunos têm sido envolvidos em todas as fases e tarefas das hortas, apoiados pelos professores e assistentes operacionais. Durante as interrupções letivas, a manutenção das hortas tem ficado a cargo dos assistentes operacionais.

Como é feita a preparação do solo?

Na horta grande, procedeu-se à limpeza da vegetação existente no solo, que foi, posteriormente, colocada no compostor. Após a terra ter sido cavada e alisada, procedeu-se à fertilização com a matéria orgânica transformada, que foi, previamente, retirada do compostor.
Na horta vertical, utilizou-se terra fértil das zonas verdes da escola, aproveitando, igualmente, o fertilizante do compostor.

É feita compostagem?

Sim

Se sim, como e com que materiais?

A compostagem é feita numa pequena unidade de caráter familiar, através da fermentação em pilha, com materiais recolhidos integralmente no espaço escolar (materiais lenhosos como a casca de árvores, as podas dos jardins, folhas e agulhas das árvores, pequena quantidade de papel; folhas verdes; restos de vegetais da horta, erva, etc.).

Quais as culturas / consociações instaladas?

Na horta grande, implementou-se a consociação de culturas, de modo a fomentar a biodiversidade, o estímulo mútuo entre as espécies e a prevenção de pragas, plantados alhos, malaguetas, pimentos, tomate regular e tomate cherry, manjericão, coentros, alfaces, cebolas, aipo, salsa, abóbora manteiga, curgete, beterrabas, rabanetes, cenouras, alho-francês, couve-flor, brócolos, beringelas, couve, nabos, hortelã, espinafres, feijões, capuchinhas, calêndulas, cravos túnicos, cravinas, alfazema, morangos, groselhas vermelhas e pretas, amoras, framboesas, mirtilos e arandos.
Na horta vertical, favoreceu-se a cultura de ervas aromáticas, como por exemplo alecrim, cebolinho, coentros, estragão, endro, manjericão, hortelã-menta, orégãos, salsa, poejo, sálvia, tomilho, stevia, anis, aipo, arruda, camomila, erva-cidreira, lúcia-lima, rúcula, em consociação com flores comestíveis, tais como amores-perfeitos, cravinas, capuchinhas, prímulas, gerânios, entre outras.

Como é feita a gestão da rega?

A gestão da rega é feita com um sistema de “gota a gota”, instalado pelos alunos do curso profissional, de forma a conseguir-se maior precisão, eficiência e economia de água, evitando-se ainda a perda de nutrientes por parte do solo.

Como é feita a monitorização e controlo de pragas e doenças?

O controlo de pragas e de doenças é feito com a implementação de consociações e pela seleção criteriosa das espécies, tendo em conta quais as plantas companheiras, as antagónicas e as que previnem/controlam pragas. A monitorização é sistemática, através da observação cuidada do crescimento e aspeto das espécies.

Existem animais ligados à horta?

Não

Refira outras atividades que se realizam em torno da horta

Realizaram-se várias atividades ligadas às hortas e envolvendo a comunidade: identificação das espécies, utilizando o software "Comunicar com Símbolos"; aulas de campo; workshop sobre Agricultura Biológica, com vista à divulgação de informação dos seus princípios e do valor nutricional dos alimentos produzidos; mercadinhos de venda de produtos, ao longo do ano letivo e, em especial, no Dia da Terra; a construção de um espantalho com materiais reutilizáveis, que foi colocado na horta grande, também no Dia da Terra; a utilização dos produtos colhidos para confeção de refeições durante o acantonamento, na Figueira da Foz, realizado no final do ano letivo; workshop sobre ervas aromáticas e flores comestíveis, para demonstrar, através da preparação/degustação dos pratos confecionados, os benefícios nutricionais e a versatilidade culinária daqueles produtos, que podem enriquecer pratos de carne e de peixe, aromatizando e dando vigor a molhos, marinadas, petiscos... e ainda doces.

 

Publicado por: Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais

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Professor coordenador da horta: Manuel Fernandes Gonçalves