Horta grande (superior a 10m²)



Desde 2010 que existe uma horta na escola, mas esta horta do NEESP existe há 5 meses.
7metros quadrados já plantados e aproximadamente uma área semelhante para semear abóboras.
A Horta Pedagógica do NEESP surge no âmbito do projeto Mãos à Obra. Para esse efeito, a coordenadora do NEESP, no ano letivo anterior, fez formação em Agricultura Biológica. Este projeto, da Educação Especial do Agrupamento de Escolas Professor João de Meira, destina-se aos 18 alunos com Currículo Específico Individual, de todos os anos de escolaridade, incluindo os alunos da Unidade de Apoio Especializado a Alunos com Multideficiência (UAEM), que seguem um plano de estudos construído com base no seu perfil de funcionalidade. Desenvolve-se em torno de várias atividades, numa rotina semanal de atividades funcionais, a fim dos alunos melhor atingirem as competências sociais, pessoais e académicas previstas. As atividades propostas têm em conta a sua utilidade para a vida presente e futura (pós-escolar) do aluno; a sua aplicabilidade nos diversos contextos de vida do aluno; realizada nos contextos reais por forma a dar-lhes significado e a sua relação com a idade cronológica e com os interesses dos alunos. Nesta conjuntura, surge a horta biológica do NEESP (Núcleo de Educação Especial e Serviços de Psicologia). Assim, à 2ª feira é dia de planear a ementa, de pesquisar receitas, de preparar as listas de compras e respetivo orçamento, à 3ª feira é dia das compras para o dia seguinte e outras atividades de vida diária, à 4ª feira é dia da culinária, prepara-se uma refeição completa, almoça-se, arruma-se e faz-se a reciclagem, à 5ª feira é dia da horta, quando se cultiva e se pratica a compostagem e à 6ª feira é dia da avaliação e da reciclagem com arte. Os produtos da horta biológica têm como finalidade a elaboração das refeições das quintas feiras, a elaboração de compotas, e a venda na lojinha da horta (ainda em projeto), garantindo desse modo outro contexto de/na formação, e a obtenção de receitas indispensáveis à aquisição dos bens de consumo não passíveis de produção na horta.
São vários os aspetos que realçamos como originais: • Primeiro, a atividade ser realizada com todos os alunos de CEI do Agrupamento, de várias escolas, dada a proximidade com a Escola sede. • Segundo, o facto do cultivo à quinta feira ser orientado por um agricultor, através de um protocolo, que nos restantes dias e períodos de férias vai fazendo a manutenção da horta. Como contrapartida oferecemos uma parcela de terreno para cultivo próprio. • Terceiro, o cultivo ser feito com a colaboração dos alunos, cujos produtos são apanhados e cozinhados pelos próprios ou vendida pelos mesmos. • Quarto, a pesquisa e planificação do que se vai cultivar é feita pelos alunos. As placas de identificação dos produtos é feita também por eles assim como o registo da atividade. • Quinto: toda a atividade ligada ao trabalho da horta, como seja vestir o equipamento, usar os utensílios apropriados, guardar o equipamento no cabide próprio e legendado, lavar as galochas e colocá-las no local respetivo, é supervisionada e encarada como didática e tendo em vista a autonomia do aluno. • Sexto: Ter a participação dos pais e membros da comunidade. • Sétimo: Existirem parcerias com instituições da comunidade. As placas de identificação dos produtos foram feitas na serralharia da Cerci. Os cestos para a Lojinha da Horta vão ser feitos na carpintaria da Cerci. • Oitavo: A horta do NEESP contempla várias culturas desde o cultivo de produtos hortícolas, ervas aromáticas, flores e árvores de fruto, importantes para o ecossistema e vantajoso para o projeto Mãos à Obra, pois servem para o dia da culinária promotora de uma alimentação saudável, para os chás para a Lojinha da horta, para os trabalhos com Arte para o dia da mãe, dia do pai, para a elaboração de compotas, etc.).
As famílias são convidadas a participar na atividade semanal da horta, a enviar os produtos necessários e a comprar os produtos. Temos um pai que participa em quase todas as sessões. Colabora também com sugestões, ensinamentos e na planificação.
Um espaço onde é desenvolvida uma determinada cultura biológica é o local ideal para observar como vários seres vivos e o ambiente interagem entre si. Num ecossistema agrícola saudável, as interações entre o solo, as plantas e os animais tornam-se perfeitas, porque cada um destes elementos têm a sua função. Cuidar de uma horta biológica é trabalhar em prol de um ambiente melhor, é construir laços de amizade e de grupo entre as pessoas. É um ensinamento prático que está ao alcance de todos, jovens e menos jovens que tenham a curiosidade de saber e ver como podemos comer melhor e de forma mais saudável. Os alunos aprendem a lidar com a terra, a entender o ciclo das plantas e a dar uma utilidade ao que fazem. Todo as atividades do Mãos à Obra são retratadas no nosso Blog http://neesp-maosaobra.tumblr.com/ , que também se encontra na página do agrupamento, e no jornal da escola Mãos à escrita. Os produtos excedendes da horta são vendidos a toda a comunidade. Os produtos transformados, tais como as compotas, serviram para integrar, no Natal, os cabazes de uma empresa
Quem faz a manutenção da horta é o agricultor com quem estabelecemos um protocolo. A equipa do NEESP, normalmente, só vai à quinta de manhã para a horta. Com o agricultor, na quinta anterior, combinamos o que se vamos fazer na seguinte. À segunda e na quinta antes de irmos para a horta, na sala de aula, pesquisamos e planeamos o nosso trabalho e articulamos com o encarregado de educação que vai regularmente para a horta. Ouvimos as sugestões e mãos à obra.
Antes de iniciar a preparação dos camalhões, limpamos o terreno com auxílio de algumas ferramentas como enxada, ancinho e carrinho-de-mão. Com auxílio de uma enxada, reviramos a terra a uns 15cm de profundidade. Com o ancinho, desmanchamos os torrões, retirando pedras e outros objetos, nivelando o terreno. No meio, antes de cobrirmos com a terra, colocamos uma cama de fertilizante orgânico, resultante da compostagem que fazemos.
Sim
Os materiais biodegradáveis são classificados de castanhos ou verdes. Os castanhos são os resíduos do jardim já secos, como aparas de madeira, relva e folhas castanhas, palha, feno, serradura e plantas mortas. Estes materiais são ricos em carbono, o constituinte mais abundante na madeira e pobres em azoto, o constituinte mais importante das proteínas. Os verdes são os restos de comida, vegetais e frutas, folhas verdes, etc., da cantina da escola, que são muito mais ricos em azoto do que os castanhos. Num compostor, deve-se alternar as camadas de material castanho e verde, sucessivamente, mas há que ter em atenção que a última camada tem de ser SEMPRE de material castanho, para minimizar os maus cheiros durante todo o processo. Na Cantina da escola, recolhemos todos os restos de comidas, vegetais e frutas para a nossa compostagem. Envolvemos os alunos, os professores e os funcionários numa ação amiga do ambiente e rentabilizamos os benefícios da reciclagem orgânica produzindo um fertilizante de qualidade para as nossas hortas e para os espaços verdes da escola. Poderá, também, ser vendido para a obtenção de fundos.
Na nossa horta biológica procuramos fazer talhões heterogéneos em vez das filas de plantas idênticas. Esta técnica envolve habitualmente a combinação de várias espécies, como vegetais, flores e plantas aromáticas, de acordo com as suas especificidades. A finalidade deste conceito é atrair organismos auxiliares que se alimentam de pragas das culturas e, portanto, sirvam de barreira natural à propagação dessas mesmas pragas. Temos couve lombarda, nabos, alface, salsa, hortelã, alecrim, abóbora, uma pereira, cidreira, cebolinho, favas e ervilhas.
Utilizamos o sistema de rega gota-a-gota. A horta deve ser regada regularmente. O solo não pode ficar encharcado para evitar o aparecimento de fungos. A horta tem que ser mantida limpa, as ervas daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão. A cada colheita, deve ser feita a reposição do composto para garantir as qualidade da terra e dos produtos hortícolas.
Na nossa horta utilizamos as próprias plantas como ajuda no controlo de pragas e doenças. Assim, temos o alecrim que afasta a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura (é planta companheira da sálvia); a hortelã cujo cheiro repele lepidópteros, como a borboleta-da-couve, formigas e ratos e que pode ser plantada, ainda, como bordadura de lavouras e tomilho que afasta a borboleta-da-couve. A seu tempo tencionamos ter alho, alfavaca, sálvia, coentro e manjericão, entre outros.
Não
• Pesquisa do que se cultiva em cada época e planeamento das culturas • Elaboração das placas de identificação dos produtos cultivados com imagem e palavra. • Elaboração de uma refeição completa uma vez por semana, utilizando os produtos da horta, com separação dos resíduos hortícolas para a compostagem, além da separação seletiva do lixo. • Elaboração de compotas para integrar cabazes de natal. Visível em http://www.merooficina.com/CHRISTMAS-BOX • Aproveitamento, na cantina da escola, dos resíduos hortícolas para a compostagem. • Elaboração de Compostagem com a utilização de toda a comunidade escolar • Venda dos excedentes hortícolas na Lojinha da Horta Visível em http://www.merooficina.com/GARDEN-LITTLE-SHOP • Festejo dos aniversários da equipa envolvida no Mãos à Obra com lanche, utilizando os chás da horta e as compotas. • Elaboração de um Espantalho para o Concurso de Espantalho das Hortas Pedagógicas da Câmara Municipal de Guimarães e posterior utilização do espantalho na horta do NEESP. • Visita guiada à horta no âmbito das jornadas Culturais • Concurso de fotografia sobre a horta do NEESP, cuja exposição será na lojinha da Horta, que além de venda dos produtos e local de formação e de bar, pretendemos que seja um local de tertúlia, de exposições e de lazer. • Intercâmbio com o Agrupamento de Abação e partilha de experiências